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17/12/2010
O que é o prolapso da válvula mitral?

O Prolapso da Válvula Mitral (PVM) é definido como o deslocamento dos folhetos da válvula mitral superiormente e posteriormente do ventrículo esquerdo para dentro do átrio esquerdo, e seria provocado por alterações do tecido conectivo dessa válvula, que resulta num espessamento ou redundância de seus folhetos.Isso levaria a vários graus de distensibilidade e subseqüente " prolapso". A válvula mitral normal compõe-se em dois finos folhetos localizados entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo. Estes folhetos, em formato de para-ligam-se à parede interna do ventrículo esquerdo por uma série de feixes tendinosos, chamados de cordoalhas. Quando o ventrículo se contrai, os folhetos da válvula mitral se ajustam perfeitamente, prevenindo o refluxo de sangue do ventrículo esquerdo para o átrio esquerdo. Quando os ventrículos se relaxam as válvulas as valvas se abrem permitindo que o sangue oxigenado dos pulmões encha o ventrículo esquerdo.Nos pacientes com Prolapso da Válvula Mitral o aparelho mitral (valvas e cordoalhas) é acometido por um processo chamado degeneração mixomatosa, onde a estrutura protéica do colágeno, o tecido que compõe as valvas, leva ao espessamento, alargamento e redundância dos folhetos e cordoalhas. Quando o ventrículo se contrai, os folhetos redundantes projetam-se (prolapsam) para o átrio esquerdo, chegando às vezes a permitir a regurgitação do sangue para dentro do átrio esquerdo. Quando importante, a regurgitação mitral pode levar a insuficiência cardíaca e a anormalidades do ritmo do coração.

O P.V.M. pode ser primário e secundário. O primário é o mais comum e se constitui numa condição autossômica dominante. O prolapso secundário da valva mitral é encontrado na Síndrome de Marfan; Sd. De Ehlos-Danlos; endocardite reumática; miocardiopatias (congestiva, hipertrófica), miocardite, doença coronariana,etc.

O PVM também conhecido como Síndrome de Barlow é a anormalidade valvar mais comum do coração , afetando 5 a 10% da população mundial.

Muitos pacientes são totalmente assintomáticos do prolapso da válvula mitral enquanto outros podem apresentar inúmeros sintomas como os descritos abaixo. A síndrome do Prolapso da Válvula Mitral tem uma forte tendência hereditária, embora a causa exata seja desconhecida. Os membros da família afetados freqüentemente são altos, magros, com grandes dedos e coluna
reta. São frequentemente acometidas mulheres entre vinte e quarenta anos, mas também os homens apresentam PVM.

O diagnóstico da Síndrome baseia-se em vários elementos:

Sintomas- Fadiga, dor precordial, dispnéia, ansiedade ou crises de pânico, palpitações, tonturas, hipotensão ortostática, síncope e pré-síncope.
Exame Físico- hábito astênico ou adinâmico (falta das forças do organismo), alterações na coluna vertebral (cifoescoliose dorsal, peito escavado ou carinatum, retificação da coluna dorsal); palato em ogiva, hérnia hiatal e hipermotilidade articular.
Ausculta Cardíaca- estalido pro/mesossistólico e sopro holo/telessistólico.
Eletrocardiograma- pode apresentar alterações da repolarização ventricular (principalmente nas derivações inferiores); arritmias, alongamento e maior dispersão do intervalo QT.
Ecocardiograma- sinais de degeneração mixomatosa da valva mitral, alongamento de cordas, prolapso e incompetência valvar. Importante enfatizar que existe critérios para diagnóstico ecocardiográfico de PVM
Qual o tratamento para os portadores do Prolapso da Válvula Mitral ?

A vasta maioria dos pacientes com PVM tem excelente prognóstico e não necessita de tratamento, bastando apenas a execução anual dos exames de rotina, incluindo o ecocardiograma. Uma regurgitação mitral importante em pacientes com PVM pode levar a insuficiência cardíaca, aumento do coração e anormalidades do ritmo. Pacientes com PVM e regurgitação mitral ou mesmo sem regurgitação, mas com evidência de degeneração mixomatosa ao ecocardiograma, usualmente devem tomar antibióticos antes de qualquer procedimento capaz de levar à introdução de bactérias na corrente sanguínea.

Veja mais sobre o assunto em nossa coluna de Cardiologia com Dr. Augusto Uchida





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