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17/07/2009 Artrite reumatóide A maioria das pessoas nem se dá conta de que atos prosaicos como pentear o cabelo, fechar o zíper da calça ou pegar um copo de água dependem do bom desempenho dos ossos e das articulações, espécies de engrenagens do corpo. Quando o mecanismo "enferruja", as atividades mais simples podem ter sua execução comprometida até a máquina parar de trabalhar. Há mais de cem tipos de doenças reumáticas que acometem o aparelho locomotor, algumas de forma irreversível. Uma das mais devastadoras, a artrite reumatóide (AR), tem como alvo preferencial as mulheres, numa proporção de quatro para cada homem vítima da doença. Ainda não se conhece exatamente as causas, mas os médicos suspeitam que os hormônios desempenhem um papel importante no desenvolvimento da AR. "Acreditamos que os hormônios masculinos podem proteger os homens de alguma forma. Assim como sabemos que, em alguns casos, a doença começa a se manifestar um ano após a gravidez, que é quando a mulher passa por uma mudança hormonal grande, que pode afetar o sistema imunológico", explica o reumatologista Ronald van Vollenhoven, chefe do Karolinska Hospital, na Suécia. O médico diz que há estudos mostrando que mulheres que fazem terapia de reposição hormonal durante o climatério e após a menopausa conseguem impedir ou abrandar o desenvolvimento da doença. A comunidade médica se divide em relação a essa crença. A artrite reumatóide atinge cerca de 1 milhão de pessoas no Brasil. É uma doença crônica, progressiva e de prognóstico imprevisível, mas, para os médicos, o maior problema é a demora para diagnosticar e buscar tratamento. Um estudo com 200 pacientes feito pelo Hospital Pedro Ernesto, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, concluiu que, em média, o tempo entre o início dos sintomas até o começo do tratamento específico é de 4,5 anos, quando deveria ocorrer nos seis primeiros meses. Como a maioria dos reumatismos, a artrite reumatóide não tem cura, mas tem tratamento. Só não pode demorar. A destruição das articulações pode acontecer em poucos meses, dependendo de como a doença se manifesta. A coordenadora do grupo de pacientes artríticos de São Paulo, Maria Aparecida Tosta Meinberg, 70, vítima da doença desde os 56, diz que os encontros dão um novo ânimo às pessoas. "Em geral, eles chegam aqui muito mal e vêem gente que está se recuperando e levando uma vida normal", conta. Além das medicações, indispensáveis para conter a dor e o avanço da doença, as próteses de polietileno têm dado algum alento nos casos em que a artrite reumatóide destrói por completo as articulações, condenando o movimento. Artrite reumatóide – dúvidas comuns O que é Doença reumática em que o sistema imunológico ataca o tecido que reveste e protege as articulações. Causa inflamação e desencadeia um processo de erosão de cartilagens, ossos e ligamentos, que são destruídos com o tempo Início A partir dos 45 anos, com predominância de três para um em mulheres Sintomas No começo: inchaço, dor e rigidez nas articulações. Num estágio mais avançado, causa fraqueza, desconforto, fadiga, febre, perda de peso e depressão Pontos fracos Mãos, pulsos e pés, de forma simétrica dos dois lados do corpo. Em geral, o paciente sente como se estivesse "enferrujado" durante mais de uma hora depois de acordar pela manhã. Pode afetar também tornozelos, joelhos, quadril, pescoço, ombros e cotovelos, além de outros órgãos como pulmão. Matérias que você vai gostar de ler mais: 1) Artrite de joelho Veja mais sobre o assunto em nossas colunas de Ortopedia e Saúde com Dr. Roberto Ranzini |
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