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21/05/2009
Alimente-se conscientemente!


O consumo consciente de alimentos pode sim fazer a diferença na manutenção da saúde de uma pessoa. Ao ingerir uma quantidade adequada de cada grupo alimentar, é possível fornecer ao organismo mais resistência e ainda, evitar possíveis doenças. Ou então, aquela pessoa que tem alguma doença, como a doença celíaca, que impede a ingestão de glúten, deve tomar como regra alguns cuidados especiais e restritivos. A doença celíaca não é uma alergia, mas sim uma doença auto-imune caracterizada por lesão da mucosa do intestino, explica a nutricionista Flavia Morais.

Segundo o Diretor do Grupo de Apoio de Nutrição Enteral e Parenteral do Beneficência Portuguesa de São Paulo, Dan Waitzberg “Se ingerirmos fibra, é possível evitar o câncer no intestino grosso, por exemplo. A ingestão de peixes está associada a uma proteção contra doenças coronarianas, assim como a soja, que também diminui a incidência de doenças cardíacas”.

Para o médico, alimentar-se bem continua sendo o segredo da boa saúde. E promover a alimentação saudável deixou de ser apenas uma preocupação estética para tornar-se uma questão de saúde pública. Tanto que o Ministério da Saúde vem constantemente alertando a população para a necessidade de se manter bons hábitos alimentares. Segundo a Coordenação Geral da Política de Alimentação e Nutrição do MS uma alimentação saudável para todos segue, no mínimo, dez passos básicos:

• Faça pelo menos três refeições e dois lanches saudáveis por dia. Não pule refeições;

• Inclua diariamente seis porções do grupo dos cereais. Dê preferência aos grãos integrais e aos alimentos naturais;

• Coma diariamente pelo menos três porções de legumes e verduras;

• Coma feijão com arroz pelo menos cinco vezes por semana. Esse prato brasileiro é uma combinação completa de proteínas e muito bom para a saúde;

• Consuma diariamente três porções de leite e derivados e uma porção de carnes, aves, peixes ou ovos;

• Consuma, no máximo, uma porção por dia de óleos vegetais, azeite, manteiga ou margarina. Fique atento aos rótulos dos alimentos e escolha aqueles com menores quantidades de gorduras trans;

• Evite refrigerantes e sucos industrializados, doces e outras guloseimas como regra de alimentação;

• Diminua a quantidade de sal na comida. Evite consumir alimentos industrializados com muito sódio;

• Beba pelo menos dois litros de água por dia.

Doença Celíaca e sensibilidade ao glúten: 17/05 foi o dia nacional da doença!

Tão comum no nosso dia-a-dia, o glúten está presente à nossa mesa, e é algo tão natural, que só lembramos que estamos consumindo ao ler ‘contém glúten’ na embalagem. Está presente em pães, bolos, biscoitos e em quase todos os produtos industrializados. O glúten é uma proteína presente no trigo, aveia, cevada, centeio e malte, e têm sido fonte de muita polêmica e discussão. Mas afinal de contas, o glúten deve ou não fazer parte de nossa dieta?

Existem dois casos em que o glúten não deve ser ingerido, pessoas portadoras da doença celíaca e aquelas que têm hipersensibilidade ao glúten. Os celíacos são pessoas que possuem intolerância permanente ao glúten, e que não podem ingeri-lo de forma alguma. A doença não tem cura, mas retirando esta proteína da dieta a pessoa consegue levar uma vida saudável e normal. No caso da hipersensibilidade, a pessoa sente alguns desconfortos, mas como essa alergia é mais leve, ela não será diagnosticada como celíaca.

A nutricionista Flávia Morais, da rede Mundo Verde, especializada em produtos naturais, orgânicos e para bem-estar, explica que existem diversas pesquisas que sugerem que a ingestão de glúten por pessoas hipersensíveis afeta a função normal do cérebro e pode causar sintomas imunológicos e intestinais. Os sintomas mais comuns relacionados ao glúten são constipação intestinal, rinite, asma, artrite, prurido, dermatite e acne, além de alterações de humor, ansiedade, depressão e síndrome do pânico.

“Quando não são imediatos, os sintomas podem se manifestar até quatro dias depois da ingestão do alimento, e muitas vezes de maneira crônica. Por isso torna-se difícil para a maioria das pessoas relacionar qual alimento ocasionou o sintoma. Daí a necessidade de observar permanentemente e, se possível, anotar em um papel como o corpo responde após a ingestão dos alimentos”, alerta a nutricionista.

No caso do glúten, um grande número de pessoas observa que os sintomas são atenuados e até desaparecem com a retirada do alimento alergênico. Por isso, a dieta é sugerida para verificar se a exclusão do glúten proporciona melhoria nos sinais e sintomas apresentados.

Para pessoas que apresentam problemas crônicos de constipação, flatulência, artrite, coceiras pelo corpo, enxaquecas, alterações de humor e ansiedade e que ingerem glúten com freqüência, a sugestão é restringir o consumo desses alimentos para observar se há melhora dos sintomas. “É preciso lembrar que o glúten não é um nutriente essencial para a saúde e a sua retirada da dieta não causa prejuízos”, afirma Flávia.

Dicas para uma Dieta Sem Glúten

A nutricionista Flávia Morais elaborou algumas dicas para as pessoas que querem descobrir se têm hipersensibilidade ao glúten. Lembrando que, antes de tomar qualquer decisão, é sempre importante consultar um profissional de nutrição para que não haja prejuízos à saúde.

Ø A restrição ao glúten deve ser feita pelo período de duas semanas a 40 dias. Nesta fase, não se deve ingerir qualquer alimento que contenha a proteína em sua formulação. Portanto, a leitura do rótulo é fundamental para identificar a ausência de glúten nos produtos.

Ø Após o período de exclusão, o glúten deve ser reintroduzido na dieta, em três refeições, num mesmo dia. Depois, volta-se a excluir o glúten da dieta e se observa se nos quatro dias seguintes os sintomas indesejados se manifestam novamente. Se for identificada a melhora nos sintomas, a sugestão é persistir na dieta sem glúten;

Ø Durante o período de exclusão, trigo, aveia, centeio e cevada podem ser substituídos por arroz integral, trigo sarraceno, quinua, soja, milho, tapioca, e tubérculos como a batata, mandioca e inhame.

Ø Frutas, de todos os tipos, não contêm glúten e são ótimas opções para lanches no meio da manhã e tarde.

Ø Lembre-se: esta não é uma dieta com a finalidade de perda de peso, mas isso pode acontecer devido ao melhor funcionamento do corpo sem a exposição ao alérgeno.

Ø É importante ainda manter bons hábitos: escolher lugares calmos para realizar as refeições; mastigar bem os alimentos; evitar a ingestão de líquido durante as refeições para não prejudicar o processo de digestão e diminuir o consumo de alimentos refinados e industrializados.

Ø Também é recomendável aumentar o consumo de frutas, verduras e legumes, de preferência orgânicos; incluir no cardápio óleos vegetais como óleos de linhaça e de gergelim e azeite de oliva extra virgem, além de oleaginosas como castanha do Brasil, amêndoas, sementes de abóbora, linhaça e girassol.

Os celíacos podem consumir os produtos à base de arroz, milho, mandioca, polvilho, batata, quinua, farinha de banana e soja. Produtos que naturalmente são isentos de glúten, como barras de arroz com açúcar, pipoca de milho de canjica, frutas desidratadas, frutas oleaginosas, arroz integral, milho, soja e derivados, leguminosas (feijões, ervilha, lentilha), frutas e hortaliças também são ideais para quem possui a doença. “O celíaco vive com qualidade de vida e não manifesta os sintomas da doença desde que cumpra a dieta”, ressalta a nutricionista da rede, Flávia Morais.

Segundo ela, os portadores da doença devem estar sempre atentos aos rótulos, embalagens e bulas, que nem sempre contêm a composição correta ou bem clara dos ingredientes. “Se, entre os ingredientes houver trigo, aveia, centeio e cevada, mesmo que não esteja escrita no rótulo a expressão ‘Contém Glúten’, o alimento não deve ser consumido por quem possui intolerância ao glúten pois estes ingredientes contêm a proteína”, destaca a nutricionista.

Como identificar e tratar a doença celíaca?

Para diagnóstico da doença celíaca é necessário exames e biopsia do intestino delgado. O tratamento é seguir uma dieta rigorosa, sob orientação de nutricionista e/ou médico, que exclua do cardápio todos os alimentos e preparações que contenham glúten. A remoção do glúten da dieta resulta na regeneração do intestino, além de acabar com os sintomas na maioria dos pacientes. Com relação aos produtos, use como alternativa, o celíaco usa arroz, milho, mandioca, polvilho, batata, quinua, farinha de banana e soja.

Por fim, para tornar a vida mais saudável, pratique, pelo menos, 30 minutos de atividade física todos os dias e evitar as bebidas alcoólicas e o fumo.

Serviço:

Alô Nutricionista: 0800-0222528 (segunda a sexta, das 13 às 18 horas) / www.mundoverde.com

Veja mais sobre o assunto em nossas colunas de Nutrição com Dra. Rosana Farah e Por Dentro do seu alimento com Dra. Nicole Valente





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