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04/02/2009
Redução de estômago ou dieta?

Segundo uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica divulgada em 2008, existem no Brasil cerca de 63 milhões de pessoas com sobrepeso, 15 milhões de obesos e 4 milhões de pessoas com obesidade mórbida. A doença é considerada um problema de saúde pública pelo Ministério da Saúde.

Com a chegada do verão começa a frenética procura pelas dietas milagrosas. Aquelas que prometem transformar o corpo num piscar de olhos. Se a promessa é tentadora e você vai fazer sucesso, então por que não tentar? A nutricionista Carla Yamashita, explica o porquê: “Os quilinhos a mais certamente demoraram a se instalar no organismo, do mesmo modo que a sua eliminação também leva tempo. Uma perda de peso repentina dificilmente será mantida por muito tempo. Por isso, a perda de peso deve ser lenta e gradual”.

A cada ano surge uma dieta diferente, que entrará para o rol das dietas milagrosas. Em contrapartida, hoje em dia muito se fala da cirurgia bariátrica, aquela da redução do estômago.

Apelar para a cirurgia de redução de estômago é a saída cada vez mais frequente para muitos dos 4 milhões de brasileiros que sofrem com obesidade mórbida. Mas, além do processo rigoroso que seleciona os pacientes que estão aptos a recorrer à operação, os cuidados antes e depois da cirurgia são parte fundamental para a tão sonhada perda de peso.

Médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), o Dr. Durval Ribas-Filho explica que a intervenção cirúrgica para tratar obesidade mórbida vem apresentando resultados que melhoram a cada dia, graças ao aperfeiçoamento das técnicas e procedimentos. Mas ele alerta que os efeitos dessa evolução dependem diretamente do pré e pós-operatório, do acompanhamento médico adequado e constante do paciente e, sobretudo, de alimentação apropriada.

Ribas esclarece que, antes de chegar à mesa de cirurgia, os pacientes passam por uma preparação que, entre outras exigências, inclui uma redução de 10% do peso máximo já registrado pelo paciente. "Na verdade, o processo começa meses antes da cirurgia, quando o paciente começa a mudar sua rotina para hábitos que o acompanharão pelo resto da vida".

O acompanhamento do pré e do pós-operatório por um médico nutrólogo é imperativo, ressalta Ribas. "A pessoa precisa aprender a conviver com seu novo corpo, que tem agora um estômago menor. Afinal, a opção foi trocar uma doença perigosa por uma vida de regras e disciplina", salienta.

Alimentação deve ser rigorosa

Controlar a alimentação é essencial para evitar o retorno da obesidade mórbida e suas comorbidades, como hipertensão arterial, diabetes e síndrome metabólica. Segundo o médico nutrólogo, o ideal é fracionar as refeições, para não "sobrecarregar" o novo estômago, ocasionando vômitos e, consequentemente, perda de nutrientes importantes, como sódio e potássio.

"É importante que o paciente siga à risca as orientações médicas para sua dieta, pois são frequentes os casos de hipovitaminose, que é a carência de vitaminas no organismo", alerta o médico. Ele lembra que essa carência nutritiva pode causar anemia, queda de resistência imunológica e contribuir para quadros de depressão.

A ABESO – Associação Brasileira de Estudos sobre a Obesidade, representada pelo seu presidente, o endocrinologista Walmir Coutinho, ressalta que está contra as dietas em geral. A filosofia dele, é que regimes de emagrecimento não adiantam, pelo menos em longo prazo. O certo seria fazer a famosa reeducação alimentar, ou seja, balancear os nutrientes e adequar quantidades.

Objetivo é qualidade de vida

Em relação às pessoas que pensam em realizar redução de estômago visando melhorar a forma física, o presidente da ABRAN é taxativo: "Não existe cirurgia bariátrica estética. O objetivo é tratar uma doença e garantir uma vida melhor e com mais qualidade ao paciente", afirma Ribas.

Matérias que você vai gostar de ler mais:

1) Redução de estômago não acaba com compulsão

2) Fazer exercícios após as refeições ajuda a perder peso

3) Redução do estômago por via endoscópica

Veja mais sobre o assunto em nossas colunas de Nutrição com Dra. Rosana Farah e Por Dentro do seu alimento com Dra. Nicole Valente





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