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10/10/2008
Estudo reprova palmitos, doces e farinha de trigo em SP

60% dos alimentos industrializados avaliados foram considerados insatisfatórios pela Secretaria de Estado da Saúde

Palmitos em conserva, doces em massa servidos principalmente em festas juninas (como batata doce roxa e doce de abóbora), farinha de trigo, molhos de tomate e outros alimentos industrializados estão na mira da saúde pública no Estado de São Paulo.

Um estudo da Secretaria de Estado da Saúde que acaba de ser concluído reprovou 59,95% das 422 amostras de alimentos industrializados colhidos entre os anos de 2005 e 2006 e submetidos a análises do Instituto Adolfo Lutz e dos técnicos de vigilância sanitária. Os produtos foram colhidos em supermercados, padarias, mercados, churrascarias, pastelarias e pizzarias.

O principal problema foi em relação à rotulagem dos alimentos, mas no caso do palmito e dos doces em massa as irregularidades são mais sérias e mais freqüentes, podendo colocar em risco à saúde do consumidor. No caso da farinha, o teor de fortificantes abaixo do recomendado gerou boa parte das reprovações.

Das 112 amostras de palmito em conserva, 65% foram consideradas insatisfatórias. Em 25 delas o produto tinha características sensoriais alteradas, como manchas, textura não uniforme, e unidades duras e excessivamente fibrosas, o que evidencia falhas no controle de qualidade do produto.

Outras três amostras apresentaram valor de pH acima do limite máximo, o que é considerado problema grave e revela falta de controle no processo de acidificação, tornando a conserva do palmito um meio propício para o desenvolvimento da toxina que leva ao botulismo. Sete dos produtos ainda tinham pontos de ferrugem ou sujeira na embalagem. Em 31 amostras o rótulo não informava sobre presença ou ausência de glúten, e em 11 não havia o número de registro obrigatório no Ministério da Saúde, o que pode indicar que o palmito é clandestino.

Já com a farinha de trigo havia problemas em 50% das 60 amostras, 30 das quais continham ácido fólico abaixo do teor mínimo estabelecido. Treze dos produtos também tinham pouca quantidade de ferro, contrariando resolução federal que obriga a fortificação desde tipo de produto. Outras quatro não apresentavam o endereço do fabricante, produtor ou titular da marca, dentre outras irregularidades.

Entre os doces em massa juninos, 87% das 52 amostras foram consideradas insatisfatórias. O principal problema foi a presença de corante artificial não permitido nesta classe de alimento, encontrado em 24 dos produtos analisados. Esta irregularidade, que é praticada com o objetivo de realçar a cor original do vegetal que se pretende imitar, pode causar reações alérgicas nos consumidores, dentre outros problemas. Outras 17 amostras não informavam sobre presença ou ausência de glúten e uma não apresentava data de validade do produto.

Também foram encontradas irregularidades em 67% das amostras de aspargos importados, 91% das de alcachofra importada, 30% das de molho de tomate nacional ou importado, 31% das polpas, purês ou bases de tomate nacional ou importado e 54% das amostras de tomate pelado.

Todos os resultados insatisfatórios geraram ações sanitárias, com medidas de orientação ou punição aos fabricantes e aos estabelecimentos que comercializam esses produtos, dependendo de cada caso. Alguns lotes de palmito em conserva foram inutilizados pelo Centro de Vigilância Sanitária (CVS), conforme comunicados publicados no Diário Oficial do Estado.

“De modo geral, não há razão para as pessoas ficarem alarmadas, pois, com exceção dos palmitos e dos doces em massa, boa parte dos problemas encontrados nos produtos representa baixo ou nenhum risco à saúde. Mas esse monitoramento é fundamental para identificarmos os alimentos que devam ter lotes retirados do mercado, com o objetivo de proteger a população”, afirma Maria Cristina Megid, diretora da vigilância sanitária estadual.

Hortifrutis

O estudo também avaliou produtos hortifrutícolas vendidos em supermercados. Foram 38 amostras de laranja, morango, tomate, batata e maçã coletadas entre os anos de 2005 e 2006, e submetidos a exame de cromatografia de resíduos de agrotóxicos. Todos os itens foram considerados satisfatórios.





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