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14/07/2008
Quando é necessário reduzir as mamas?

A cirurgia de redução da mama é recomendada em caso de: mamas aumentadas; infecção cística das mamas; dor nas costas, cabeça, ombros, pescoço provocada pelo peso das mamas grandes; perda da sensação nas mamas; problemas para dormir relacionados a mamas grandes; estrias; dentre outras razões.

As brasileiras se renderam à moda dos seios fartos e as próteses de silicone já entraram para a lista de objetos de desejo de muitas. Algumas mulheres, porém, têm de seguir o caminho inverso para se sentirem felizes com o próprio corpo e, em vez de aumentarem os seios, precisam diminuir o seu volume. “A cirurgia plástica de redução ou mamoplastia redutora é indicada não só para quem deseja diminuir o tamanho do seio, mas também para quem está descontente com a forma da mama. Muito além de ser apenas uma preocupação estética, muitas mulheres procuram a cirurgia por uma questão de saúde. O excesso de peso das mamas pode causar dores nas costas e até mesmo problemas de coluna. Há ainda aquelas que sofrem com assaduras na parte inferior do seio e com dores e machucados constantes nos ombros por causa da alça do sutiã”, explica o cirurgião plástico Ruben Penteado, diretor do Centro de Medicina Integrada.

Mas, como definir se a mama realmente é grande demais e a cirurgia se faz necessária? Segundo Ruben Penteado, que é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, não há como fazer este cálculo matematicamente e a decisão final é mesmo da mulher. "A paciente deve informar ao médico se a mama é motivo de desconforto. A queixa pode ser baseada em uma questão puramente estética ou em incômodos físicos. Por exemplo, ela pode perceber que está ficando corcunda, pode apresentar dores freqüentes nos ombros, ou, ainda querer que o seio fosse menos flácido. Todas as informações são avaliadas pelo cirurgião", diz o médico.

Qual o momento apropriado para operar?

Para muitas mulheres, o incômodo surge desde cedo. No entanto, as adolescentes precisam ter calma antes de buscar a solução na mesa de cirurgia. “Isso porque, na adolescência, a mama ainda está em desenvolvimento. Os especialistas dizem que, em geral, essa etapa fisiológica vai até os 16 anos, mas, em algumas mulheres, a mama pode crescer até os 20 anos. O ideal é que se observe se a mama já alcançou seu tamanho definitivo, para então avaliar a necessidade de cirurgia", defende Ruben Penteado.

Aos 16 anos, por exemplo, muitas garotas ainda estão em fase de desenvolvimento físico, e as formas e os tamanhos de partes de seu corpo podem mudar, como no caso das mamas. “Quanto mais tarde a menina entra na puberdade, mais tempo demora para finalizar as mudanças em seu corpo e para alcançar o tamanho final das mamas. Durante a adolescência pode acontecer também um crescimento desigual dos seios. Em geral, até o final da puberdade, essa diferença se equilibra e os seios tendem a ficar semelhantes. Tudo isto precisa ser dito à adolescente para aplacar a sua ansiedade”, explica Ruben Penteado.

No entanto, no caso das mamas muito grandes, chamadas de gigantomastias, a cirurgia pode ser feita mesmo precocemente, aos 15-16 anos, ou até antes, quando constatado que o grande tamanho dificulta o desenvolvimento adequado do restante do corpo.

Entenda a cirurgia

O tipo de anestesia usada depende do médico, mas geralmente é geral. A paciente fica internada um dia para observação, a intervenção em si costuma durar, em média, três horas. Em alguns casos, a cirurgia pode ser feita com anestesia local e sedação, com alta no mesmo dia.

Quando o tamanho dos seios não agrada e incomoda, a paciente não deve se preocupar em estabelecer um novo tamanho desejado para os seios. "É papel do médico fazer simulações para que a paciente indique como gostaria que os seios ficassem e, na cirurgia, buscar este resultado. O que mais importa não é o quanto se deve tirar, e sim como será o resultado final. Tudo é pensado para proporcionar harmonia ao biotipo da paciente. Muitas vezes, temos de tirar quantidades diferentes de tecidos dos seios", explica o médico.

Entre as mulheres, há uma grande preocupação quanto à cicatriz deixada pela operação. Novamente, isso dependerá da técnica usada pelo médico, do tipo de mama e da quantidade de tecido a ser retirado. É possível deixar cicatrizes bem discretas, mas os especialistas alertam que a técnica empregada varia de caso para caso. "Usamos técnicas diferentes, já que as mamas das mulheres não são iguais. Sempre escolhemos a técnica que corrija a mama da melhor forma e tenha a menor cicatriz possível. Quanto mais glândula e pele tiverem de ser retiradas, maior será a cicatriz", explica Ruben Penteado.

Uma técnica muito utilizada é a que deixa uma cicatriz em torno da auréola, chamada periareolar. Em boa parte dos casos, a mama tem de ser suspendida e a auréola muda de posição. As cicatrizes podem ser ainda em forma de "T" invertido, na parte inferior da mama ou em formato de "L" e "I" . “É importante saber que as cicatrizes passam por diversas fases de transformação até atingirem seu estado final. Então, é preciso controlar a ansiedade. Em geral, apenas depois de um ano pode-se observar o aspecto definitivo da cicatriz, quando ela se tornará mais clara e menos consistente”, informa o cirurgião plástico.

Convalescendo

O pós-operatório da mamoplastia redutora não costuma ser complicado. Mas nem pensar em voltar à academia no dia seguinte. Na primeira semana, é preciso evitar suspender os braços e os pontos só são retirados após o oitavo dia. Para voltar à ginástica, a paciente tem de esperar por volta de dois meses. “Se um mês depois a mama já começa a apresentar um aspecto próximo ao definitivo, é apenas após o sexto mês que se pode verificar como os novos seios realmente ficarão. Por isso, ter tranqüilidade é essencial neste período”, afirma o médico.

Algumas mulheres temem que após a cirurgia, os seios voltem a crescer. Isto vai depender de seus hábitos depois da operação. Na adolescência, o seio é constituído principalmente de glândula mamária. Conforme a mulher envelhece, ocorre a transformação de parte da glândula em gordura. Por isso, a mama tende a ficar mais flácida. “A cirurgia de redução das mamas retira parte da glândula e também da gordura, já que não é possível definir exatamente o limite entre elas. A glândula não volta a crescer após seu período de desenvolvimento, mas a gordura pode voltar a se acumular na área. Se a paciente engordar, vai haver acúmulo de gordura no corpo todo, inclusive nas mamas", alerta Ruben Penteado.



SERVIÇO:

Centro de Medicina Integrada

Endereço: Rua Tuim, 929 - Moema

São Paulo-SP/Tel: (11) 5535 0830

www.medintegrada.com.br

Veja mais sobre em nossa coluna de Cirurgia Plástica com Dr. Alan Landecker





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