19/05/2008
Ginástica em empresas
Terapia preventiva das doenças funcionais
A adoção de terapia preventiva pelas empresas em relação a doenças músculo-esqueléticas vem crescendo nos últimos anos. A qualidade de vida e a eficiência no desempenho profissional estão em constante desenvolvimento e visam promover o bem estar e a saúde física e mental de seus funcionários. Assim, toda empresa que preserva a qualidade de seus empregados na execução de suas funções está, com certeza, à frente de seus concorrentes.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a saúde pode ser comprometida por fatores tais como: ruído, nível de temperatura, tipo do mobiliário, iluminação deficiente, sedentarismo, monotonia nas tarefas, alimentação, falta de comunicação etc. Pode-se então concluir que a saúde sofre grande influência do ambiente físico e emocional, aliada a hábitos de vida.
A Revolução Industrial, já no final do século XVIII, enaltecia a máquina em detrimento da mão-de-obra do homem. Buscava-se, então, mais e mais a qualquer custo e o trabalhador era quem pagava o alto preço desse regime desumano. Esta condição de trabalho foi bem ilustrada por Charles Chaplin, no filme “Tempos Modernos”. Pesquisas foram realizadas a partir do século XIX e estudos comprovaram que este regime de trabalho causava prejuízos à saúde do trabalhador.
Em 1970, a ergonomia ganha força no Brasil visando o bem estar do trabalhador e tendo como resultado a eficiência profissional.
O índice de doenças músculo-esqueléticas relacionadas ao trabalho vem crescendo exageradamente nos últimos anos. Isso tem como causa os fatores biomecânicos. A adoção de um programa de prevenção nas empresas leva a uma melhor qualidade de vida de seus funcionários e redução nos gastos assistenciais.
A dor de origem mecânica ocorre quando a articulação entre dois ossos é colocada numa posição de tensão dos ligamentos e dos tecidos moles que envolvem cada articulação. Essas dores são comuns quando o trabalhador desenvolve maus hábitos posturais.
Os fatores ambientais entram como coadjuvante aos maus hábitos posturais. Os assentos utilizados nos meios de transporte, no comércio e em casa contribuem para uma má postura. As cadeiras disponíveis no mercado raramente dão suporte adequado à coluna lombar, a não ser que façamos um grande esforço para sentar corretamente.
O ideal de cadeira é aquela que permite que todo o assento ofereça suporte para a lordose (naturalmente presente na posição em pé e mantida enquanto estamos sentados). Infelizmente esse tipo de suporte raramente existe. Os braços das cadeiras devem permitir que elas entrem debaixo da mesa de trabalho, e essa deve ter a altura correta. É bom lembrar que o desenho inadequado dos móveis contribui para o desenvolvimento dos problemas lombares, mas a mesma responsabilidade deve ser atribuída ao indivíduo que usa a cadeira e mesa de forma inadequada.
Se não soubermos sentar de forma adequada, mesmo com as melhores cadeiras, estaremos sujeitos ao desconforto em nossa coluna, seja cervical, torácica ou lombar.
Ao viajarmos por períodos longos, seja de ônibus, carro ou avião, especialmente sentados em poltronas apertadas e sem intervalos regulares, pode-se ter crise de dores que progressivamente irão afetar problemas já existentes. Para minimizar os riscos de lombalgia deve-se levantar em intervalos regulares e alongar o corpo, antes do incômodo começar. Essas medidas são extremamente importantes não só para coluna como também para ajudar a estimulação da circulação sanguínea das pernas.
A concepção da ergonomia propõe adequar o trabalho do homem, tendo em vista fontes de materiais informativos direcionadas à prevenção das doenças ocupacionais. Cabe deixar claro a importância da prevenção e com ela a atuação da fisioterapia nas empresas com grande contribuição nesse processo.
Por Marineide Parente de Carvalho, fisioterapeuta do Vita Check-up Center.
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Veja mais sobre o assunto em nossas colunas de Fisioterapia do Esporte com Prof. Amauri Altieri e Dicas de Atividade Física com Prof. José Carlos Altieri
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