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18/02/2008
Quantas dietas você já fez na sua vida?

Talvez a melhor forma de abordar esse tema seria “quantas dietas você já tentou fazer em sua vida?” ou “há quanto tempo você desistiu de fazer dieta?”. Isso porque as pessoas relacionam as dietas às fases de esperança e frustração, abstinência e desprazer. Não tenho a intenção de transformar as dietas na opção mais prazerosa da vida, mas vou tentar apresentar uma nova visão sobre elas, revelando o quanto uma boa alimentação pode fazer pela saúde, pela estética e até mesmo pelo equilíbrio emocional das pessoas.

O maior entrave às dietas são os objetivos que as regem. Enquanto as pessoas resolverem fazer dietas movidas unicamente por motivos estéticos continuarão levando adiante empreitadas malucas e de curto prazo, se comprometendo com formulações alimentares impossíveis de serem mantidas e transformando os períodos de dieta em verdadeiro suplício. Essa forma de fazer dieta dá origem ao já conhecido “efeito sanfona”, onde pequenos períodos de dieta restrita levam a perdas de peso passageiras, que nunca são mantidas. Estes períodos são caracterizados por muita restrição alimentar, onde as pessoas aguardam com ansiedade o momento de interromper a dieta para voltarem a comer o que gostam.

Quando as pessoas fazem uma dieta pensando na saúde, invariavelmente vão se alimentar bem, perder peso e alcançar indiretamente os objetivos estéticos que tanto sonham. Nesses casos, a melhor opção nutricional será uma dieta balanceada, com a preocupação voltada principalmente para uma forma de tratamento que alimente e emagreça ao mesmo tempo. Isso é possível e está ao alcance de todos, basta que as pessoas comecem a pensar mais na própria saúde como um bem precioso.

O papel do médico

Esse profissional é muito importante na medida em que ele poderá avaliar as causas da obesidade, tratar alterações metabólicas que podem dificultar o processo de perda de peso e até prescrever medicamentos, quando o paciente não consegue fazer a dieta sem auxílio medicamentoso.

Dentre as especialidades médicas, o endocrinologista talvez seja o médico mais habilitado a tratar a obesidade, mas um especialista em Clínica Médica ou um médico nutrólogo podem perfeitamente orientar o tratamento de um paciente obeso. Quando, entretanto, a obesidade se associa às comorbidades metabólicas, nesses casos, o endocrinologista é o profissional mais habilitado.

Mesmo seguindo essas orientações, o paciente vai se deparar com muitos questionamentos ao encontrar médicos de uma mesma especialidade com metodologias diferentes na abordagem da obesidade. Alguns endocrinologistas, por exemplo, são totalmente contra as medicações, outros prescrevem medicamentos logo na primeira consulta... Alguns nem falam em dieta, outros já têm dietas prontas e iguais para todos os pacientes... Alguns contam o apoio de uma equipe de nutricionistas para realizar a orientação dietética individualizada, outros profissionais falam em “energia vital” e fazem formulações vitamínicas intermináveis... Estas posturas tão díspares deixam o paciente muito inseguro em relação às opiniões tão diferentes e, às vezes, opostas sobre o mesmo assunto.

Para sair deste impasse, o paciente deve usar seu juízo crítico na hora da escolha do médico que o acompanhará durante a dieta. Deve pesquisar a formação profissional do médico, utilizando como fonte de pesquisa as sociedades de classe. Deve, ainda, verificar se a especialidade médica deste profissional realmente existe e se é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina. Finalmente, o paciente deve saber que todo assunto polêmico se refere a questões ainda não totalmente esclarecidas e, portanto, não haverá consenso entre os mais diversos especialistas.

O papel das dietas

Falamos em dietas porque há várias dietas possíveis para emagrecer. Sempre que comemos menos calorias do que gastamos, perdemos peso. Independentemente de serem balanceadas, as dietas emagrecem e o fazem mais intensa e rapidamente quando contém menos calorias. Não há mistério nisso. É apenas uma questão matemática.

Apesar da forma para emagrecer ser um fato já muito bem esclarecido, quando falamos em saúde e durabilidade de nossas dietas, as coisas mudam completamente. Tomando por exemplo uma “dieta da moda” muito famosa, talvez a mais estudada e eficiente para fazer perder peso, a dieta do Dr. Atkins, podemos observar, quando contamos suas calorias, que ela é uma das dietas menos calóricas existentes nesse versátil mundo das “dietas da moda”, que emagrecem muito rapidamente, pois causam saciedade muito intensa, apesar de serem muito monótonas, não deixando ao paciente muitas opções alimentares.

Apesar de emagrecerem, ninguém consegue continuar comendo de maneira tão restrita durante toda a vida e isto causa o abandono do plano dietético e a inviabilidade de manutenção do peso.

É possível ouvir, ainda, absurdos como a “dieta do grupo sangüíneo”, que sem base científica alguma retira da dieta alimentos essenciais sob a alegação de que tal grupo sangüíneo não combina com esse ou aquele alimento... Isso não procede e nunca foi estudado de maneira criteriosa.

Também é comum ouvir falar “de uma tal dieta espiritual”, que tem em seu ritual toda sua força, pois consegue fazer com que o paciente cozinhe seu próprio alimento e siga um ritual rigoroso, capaz de fazê-lo emagrecer.

Há ainda “a dieta da USP”, “a dieta da Lua”, “a dieta do abdome” e “a dieta ortomolecular”... Todas com formulações muito empíricas e fantasiosas, repletas de falsas promessas, responsáveis pela frustração causada quando se volta ao peso anterior.

A dieta ideal é aquela que atende ao perfil diferente de cada um. Deve ser balanceada, ou seja, conter todos os tipos de nutrientes em proporções muito bem estabelecidas. Essa dieta é ensinada em todas as escolas de Medicina e de Nutrição. Não tem um dono, um autor, são o resultado de um longo processo de avaliação e de várias pesquisas científicas. Mesmo assim, são muito diferentes para cada um, porque somos diferentes e temos gostos e estilos de vida diferentes.

O papel do nutricionista

O nutricionista é o profissional ideal para a formulação das dietas. Felizmente, os órgãos reguladores já estão exigindo dos planos de saúde a integração de nutricionistas em seu quadro de prestadores de serviço. Os planos de saúde irão recorrer desta decisão, mas, cedo ou tarde, esta exigência deverá ser cumprida e cada paciente credenciado poderá contar com esse precioso aliado em suas dietas. Com o apoio profissional do nutricionista, os pacientes poderão seguir dietas individualizadas, respeitando seu perfil e as preferências de cada um.

A união médico-nutricionista é fundamental para uma dieta bem sucedida, pois somam-se avaliação metabólica e nutricional, tratamento adequado com a orientação nutricional individualizada, capaz de atender ao paciente que precisa fazer uma dieta, sem transformar esse procedimento em algo que dificulte sua vida e impossibilite sua felicidade.

Serviço:
Dra. Ellen Simone Paiva
Médica Especializada em Endocrinologia e Nutrologia e diretora do CITEN - Centro Integrado de Terapia Nutricional.
Endereço: Rua Vergueiro, 2564 - Conjuntos 63 e 64 - Vila Mariana - São Paulo-SP
Telefone: (11) 5579 1561/5904 3273.
www.citen.com.br

Veja mais sobre o assunto em nossas colunas de Nutrição com Dra. Rosana Farah e Por Dentro do seu alimento com Dra. Nicole Valente





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