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24/09/2007
Envelhecimento saudável: tenha o seu

Que a juventude por si só nos protege é fato. Mas que o envelhecimento é implacável também é. Então temos que prolongar ao máximo a boa saúde para tirar o melhor proveito das fases da vida.

A mulher na década dos 30 anos está em seu auge biológico. Mas deve ficar atenta também que, é também a partir dos 30 anos que o metabolismo feminino começa a ficar mais lento, preguiçoso. A corrida contra o envelhecimento e prevenção de doenças deve ser levada mais a sério ainda, porque uma vida boa aos 80 anos é conseqüência de uma prevenção desde a juventude. Exercícios que são muitas vezes negligenciados aos 20 anos, e, se tornam quase uma obrigação quando se chega aos 30. Ainda mais e, especialmente, depois da gravidez. Uma mulher ativa antes de engravidar, após liberação médica, deverá continuar seus exercícios com as devidas adaptações, mas não deve parar, virar sedentária. Já a mulher que era inativa e engravida, a preocupação com o início de um programa de exercícios já deve ser bem mais controlada e estudada. De vinte anos para cá, o número de mulheres que engravidam pela primeira vez após os 30 anos de idade triplicou no mundo.

O homem aos 30 anos não é muito diferente da mulher. Está em plena atividade, é o auge da potência sexual. Consegue ganhar 15% de massa muscular com uma rotina de exercícios constante. Após os 35 anos, ganha-se em média, 3 quilos a cada década. Já aos 40 anos, a perda de massa óssea é de 0,3% ao ano. Aos 60 anos, o homem já perdeu em torno de 5% de sua massa óssea. Como vemos, a queda do organismo é certa, mas pode ser prolongada. A mulher ainda tem o fantasma mais presente da osteoporose, agravada muitas vezes pela falta deste mineral na dieta alimentar desde a juventude e na falta da reposição exógena (ingesta de complementos). E, para finalizar, a gordura acumulada nos últimos anos aumentará o risco de diabetes e hipertensão. Desanimador não ? Se você pensar somente nos aspectos ruins e em doenças sim, mas se você se cuidar, o panorama pode ser diferente.

"O envelhecimento, por definição, é o acúmulo de eventos biológicos que ocorrem ao longo do tempo, mas, na atualidade, é mais importante a idade funcional do que a idade biológica. Ou seja, o envelhecimento funcional é determinado pelos hábitos de vida, como falta de movimento, inatividade física, alimentação equilibrada, além da hereditariedade", explica Priscilla de Arruda, professora de Ed. Física, especialista pela Faculdade de Medicina da USP em Prescrição de Exercícios na Saúde, na Doença e no Envelhecimento e Diretora do Site Sentir Bem.

A expectativa de vida humana praticamente dobrou no século passado. Somada à queda na taxa de fecundidade, o resultado é, em geral, o envelhecimento da população mundial que, segundo dados da ONU, aumentará duas vezes até 2050. No Brasil, o número de idosos passará de 16, 3 milhões em 2005 para 64 milhões em 2050. No entanto, desde que alcançou a longevidade, o homem busca também envelhecer melhor. Mas como?

O envelhecimento é determinado pelas nossas vivências e hábitos. Basicamente, a vida após os 65 anos é conseqüência do que foi feito até os 50.

Mas e aí? Você chegou ou tem mais de 65 anos e não sabe o que fazer? Não se preocupe, não desanime, pelo contrário! É possível sim, conseguir um bom estado físico depois de décadas de inatividade e não demandará tanto tempo e esforço como achávamos. Você pode consegui-lo, mesmo depois dos 60!

O trabalho com pesos pode ajudar, enfatizando-se esse tipo de treinamento como sendo prioritário ao cardiovascular, nesta fase da vida, após os 60 anos. Amauri Altieri, professor de Ed. Física, Fisioterapeuta e Diretor do Site Sentir Bem explica que "com o passar dos anos, a fraqueza dos músculos pode avançar até que uma pessoa idosa tenha dificuldades ou não possa mais realizar as atividades comuns da vida diária; tais como as tarefas domésticas, levantar-se de uma cadeira, varrer o chão, jogar o lixo fora, levantar objetos, subir escadas ou até mesmo caminhar. Esses trabalhos exigem uma contração rápida dos músculos ou um certo grau de potência para serem realizados. Em situações mais extremas, esses músculos não podem suportar ou acompanhar os esforços, o organismo fica desprotegido, ocasionando as dificuldades funcionais, as quedas ou lesões osteoarticulares responsáveis pelas dores".

Então o que pode ser feito para minimizar ou bloquear a perda de massa muscular? E a deteriorização da função do músculo?

Amauri Altieri sugere que "as pessoas na faixa dos 30 anos devem ter uma rotina dividida em 80% de exercícios aeróbicos e 20% de condicionamento de músculos. Aos 40, a proporção deve ser de 70% de corrida e 30% de musculação. E acima dos 60 anos, essa relação deve ser de aproximadamente 50% para cada modalidade".

O American College of Sports Medicine (ACSM), publicou posicionamentos sobre os efeitos dos exercícios para a saúde do adulto e do idoso. Esta fase biológica não é o limite para se iniciar um programa de exercícios (no entanto, com aprovação médica), e que o exercício deve ser progressivo e natural. Abranger todos os grupos musculares. Devem ser feitos duas a três vezes por semana, com pelo menos 1 séries de 8 a 15 repetições. Amauri completa que "o treinamento com pesos pode retardar ou amenizar a perda de força, da massa muscular, da flexibilidade e da densidade óssea relacionadas à idade, possibilitando a manutenção da boa saúde, da capacidade funcional e, conseqüentemente uma vida mais independente".

Priscilla finaliza que "aumentar as séries pode trazer maiores benefícios, e exercícios que favoreçam o equilíbrio e a postura devem ser praticados. Uma pessoa idosa que deseja se inserir nas atividades físicas aeróbicas, pela própria iniciativa ou pela prescrição do médico, pode fazê-lo, seja que ele esteja são, seja portador de fatores de risco ou já tenha padecido alguma patologia".

Só não esqueça que, primeiramente, antes de iniciar um programa de atividades físicas, qualquer pessoa, incluindo os idosos, deverão cumprir um ritual de exames para treinar com segurança:

1. passar pelo seu clínico geral e, se necessário, por um cardiologista;
2. realizar exames laboratoriais conforme prescrição e indicação;
3. fazer uma avaliação e orientação física;
4. procurar orientação com um profissional de educação física.





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