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02/07/2007
O bom e o mau colesterol

COLESTEROL, O MAL QUE MATA EM SILÊNCIO
Nível HDL muito baixo também traz risco para o paciente

Produzido pelo fígado e vital para o organismo, o colesterol pode se tornar prejudicial quando presente em excesso no sangue. O clínico geral Marcos Benchimol, diretor da Clínica Benchimol, explica que “o colesterol a mais é depositado nas artérias, fazendo com que haja o entupimento destes vasos (colesterol LDL). Dependendo do grau de entupimento, a pessoa pode sofrer um ataque cardíaco ou um derrame cerebral. Já a fração do colesterol HDL (com propriedades vasodilatadoras) remove o colesterol ruim da corrente sangüínea. O ideal é manter um colesterol ruim (LDL) baixo e um colesterol bom (HDL) elevado”.

O melhor nível do colesterol total é abaixo de 200. “O colesterol LDL menor que 100 é o melhor; um nível de LDL maior significa que a pessoa tem o risco de doença cardíaca aumentado. O colesterol HDL menor que 35 também traz risco de doença cardíaca, enquanto um nível de HDL de 40 ou acima reduz esse perigo” O mais difícil é elevar o nível do HDL, “que se consegue a partir da prática de exercícios aeróbicos como corrida, bicicleta, natação e hidroginástica. A reposição hormonal em mulheres, o consumo leve de vinho tinto (um a dois cálices por dia) e determinados medicamentos apresentam resultados encorajadores”, garante o médico.

Para quem gosta de um cafezinho, Benchimol dá uma dica fundamental. “Os grãos de café contêm substâncias que aumentam o colesterol. A água quente, utilizada para o preparo do café, remove algumas dessas substâncias gordurosas. Portanto, sempre que possível, use filtro de papel, pois ele retém essas substâncias gordurosas”.

“Se boa alimentação, exercícios e mudança de alguns hábitos de seu cotidiano não reduzirem as taxas de colesterol após seis meses, seu médico poderá recomendar o uso de medicamentos. Caso isto ocorra, o tratamento deverá ser por toda a vida, mas somente quando a mudança nos hábitos alimentares não funcionar”, finaliza Marcos Benchimol.

Estudo revela que importância do bom colesterol aumenta com a idade

Estudo PROCAM comprovou a necessidade de elevar as taxas de HDL-colesterol em pacientes com alto risco cardiovascular e com mais de 60 anos

Um importante estudo populacional realizado na Alemanha com mais de 20 mil pessoas trouxe grandes contribuições para a Cardiologia mundial. Denominado PROCAM (Prospective Cardiovascular Mhünster study), o estudo comprovou o papel protetor da HDL (o chamado “bom colesterol”), ao observar que pessoas que infartam jovens têm nível de LDL mais alto e HDL menos alterado. Mas, à medida que a pessoa vai envelhecendo, o nível de LDL tende a permanecer mais ou menos no mesmo patamar que o da população normal, enquanto que a HDL vai diminuindo progressivamente. Com isso, o estudo mostrou que a elevação das taxas de HDL é tão importante para a saúde cardiovascular quanto a redução de LDL, especialmente em idosos, diabéticos, obesos ou que tenham aumento da cintura abdominal.

Segundo o médico cardiologista do Instituto Dante Pazzanese de São Paulo, Dr. Jairo Lins Borges, “como cerca de 80% dos infartos acontecem entre pessoas com mais de 60 anos, há que se preocupar com a elevação das taxas de HDL em pacientes nessa faixa etária, para se evitar eventos cardiovasculares como morte ou infarto do miocárdio. Ou melhor, deve-se procurar manter os dois tipos de colesterol dentro dos níveis recomendados pelas diretrizes médicas e pelos estudos clínicos atuais. No caso das mulheres, os níveis de HDL recomendáveis devem ser superiores a 50 mg/dl de sangue. Já para homens, a taxa mínima é 40 mg/dl. No diabético, acima de 45 mg/dl”.

Recentemente a Libbs Farmacêutica lançou no mercado o primeiro medicamento capaz de aumentar de forma segura e significativa os níveis de HDL no sangue. O Metri (ácido nicotínico de liberação programada) é considerado por especialistas o medicamento mais versátil para o tratamento das dislipidemias. Além de elevar os níveis de HDL em cerca de 30% (2 a 3 vezes mais que as estatinas e fibratos), diminui as taxas de LDL em 17%, reduz triglicérides em até 50% (sabe-se que o excesso de triglicérides é tóxico para o fígado e pâncreas) e ainda diminui o número e aumenta o diâmetro das LDL pequenas e densas (tipo de mau colesterol ainda mais perigoso que a LDL convencional). O Metri pode se combinar com outros medicamentos (principalmente estatinas e inibidores da absorção intestinal de LDL), tornando o tratamento ainda mais eficaz e seguro, já que possibilita a prescrição de doses menores de medicamentos; além disso, a combinação de remédios permite o aproveitamento de modos diferentes e complementares de se controlar o colesterol, tornando o tratamento mais eficiente, já que as alterações do colesterol são variadas e nenhum remédio para tratar colesterol consegue abranger todas elas.

Entenda a diferença entre o bom e o mau colesterol

De grande importância para o organismo, o colesterol é matéria-prima para formar hormônios e ainda compõe a membrana das células do corpo. O colesterol do sangue é formado a partir da absorção de gorduras saturadas e do próprio colesterol da alimentação (gorduras de origem animal); é também produzido pelo próprio corpo, no fígado. As duas principais frações do colesterol são a LDL (o mau colesterol) e a HDL (o bom colesterol), que são transportados na corrente sanguínea, ligados a uma proteína, a lipoproteína.

A lipoproteína de baixa densidade – LDL-colesterol –– é produzida a partir de partículas formadas no fígado e circula no sangue para levar colesterol às células. Ele tem uma subfração, a LDL pequena e densa que, quando em excesso, sofre um processo de oxidação e passa a ser depositado na parede das artérias, dando origem às “placas de aterosclerose” que podem romper-se subitamente e provocar o infarto agudo do miocárdio, a morte ou o acidente vascular cerebral, o popular derrame. Seu excesso no sangue é, portanto, indesejável e deve ser combatido.

Por outro lado, a lipoproteína de alta densidade – HDL-colesterol – tem como função “retirar” o excesso de colesterol das células, minimizando seu depósito na parede das artérias. Assim, quanto maior o teor das lipoproteínas HDL, mais se evita a obstrução arterial pela aterosclerose. Aliás, a HDL é a única via que o organismo dispõe para retirar colesterol das células e eliminá-lo através do fígado e das fezes.

Vale destacar que esses são fatores importantes na formação das placas nas artérias, mas não únicos. O excesso de açúcar no sangue, como acontece no diabetes tipo 2, que se desenvolve com a idade e a obesidade, o tabagismo e a hipertensão arterial também contribuem para a doença aterosclerótica.






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