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06/02/2006
Exercício físico e a diabetes

Desde o século XVIII, os exercícios vêm sendo defendidos como instrumento benéfico no tratamento de pacientes com Diabetes Mellitus. Em 1935, Joslin já propôs o efeito do exercício em reduzir a glicemia no diabético que possui um inadequado suprimento de insulina.

Diabetes Tipo I

Diabetes Mellitus insulino-dependente, ou do tipo I, é caracterizada por produção endógena (o próprio corpo produz) insuficiente, ou totalmente ausente de insulina, devido a uma destruição imunológica das células que produzem o hormônio. Os indivíduos portadores deste tipo de diabetes podem apresentar, também, anticorpos à insulina o que provoca uma redução na ação da insulina exógena nos tecidos periféricos. O diabetes do tipo I (antigamente chamada de diabetes juvenil), atinge cerca de 15% da população diabética, ocorrendo principalmente em indivíduos jovens, embora possa se desenvolver em qualquer idade.

Diabetes Tipo II

O diabetes mellitus do tipo II, ou não insulino-dependente, caracteriza-se por um estado de hiperglicemia (excesso de açúcar) provocado pela diminuição da sensibilidade periférica à ação da insulina, o que provoca um aumento na secreção desse hormônio e, conseqüentemente, ocasiona um estado hiperinsulinêmico (estado aumentado de insulina). Com a evolução da doença, as células que produzem o hormônio ficam fadigadas e diminuem a capacidade de secretar insulina, o que faz com que alguns pacientes nesse estágio necessitem da aplicação do hormônio. Nesse tipo de diabetes, os fatores ambientais tornam-se importantes, sendo sua abrangência correspondente a 80 ou 85% da população diabética, geralmente encontrado em indivíduos adultos maiores de 40 anos. Outra constatação é que aproximadamente 80% dos diabéticos do tipo II são obesos. Este tipo de diabetes era chamado também de diabetes senil, por atingir principalmente indivíduos mais velhos.

Alterações com os exercícios:

A prática adequada de atividade física regular (treinamento) é recomendada aos pacientes pelas mesmas razões às indicadas à população em geral, ou seja, devido seus benefícios aos sistemas cardiovascular, metabólico e neuro-endócrino. Dessa forma contribui para a melhora na qualidade de vida do indivíduo portador da doença, não apenas às melhoras somáticas e fisiológicas, mas também às psicológicas, a partir do momento que a pessoa se sente mais ativa dentro da sociedade.

No entanto, este treinamento deve estar associado a um bom controle da dieta e/ ou da administração de insulina, a fim de que o mesmo tenha papel benéfico no controle da taxa glicídica (de açúcar) desses pacientes. Ao contrario, um desequilíbrio neste eixo poderá se constituir em mais um fator de comprometimento para o paciente caso o controle da doença não esteja satisfatório (diabetes descompensado).

O exercício físico pode trazer uma grande demanda metabólica ao organismo. Para manter a homeostase (equilíbrio) durante o exercício, uma pessoa deve obter um aumento do substrato metabólico (produtor de energia) e de oxigênio, através de vários sistemas regulatórios, além da regulação do metabolismo do fígado, músculo e tecido adiposo.
A despeito de um grande aumento na utilização de glicose pelo músculo durante o exercício, que poderia consumir toda a glicose sangüínea em minutos, o nível circulante de glicose, em pessoas sem diabetes, permanece estável. Essa homeostase (manutenção) da glicose reflete um preciso equilíbrio entre a produção de glicose pelo fígado e o consumo pelo músculo.

Como a doença cardiovascular representa uma das mais significantes complicações do diabetes, é importante considerar os benefícios potenciais a longo prazo em indivíduos com diabetes.
Um treinamento de resistência pode resultar em numerosas adaptações metabólicas no músculo esquelético e nos sistemas cardiovascular, nervoso, autônomo e endócrino.O efeito do exercício de resistência sobre a tolerância à glicose em pacientes com diabetes tipo I é variável e é influenciada pelo grau de resistência e deficiência à insulina, freqüência e intensidade do exercício e vários outros fatores como aderência à dieta e perda de peso que freqüentemente acompanham o treinamento físico.

Um programa de exercícios pode melhorar a sensibilidade à insulina para indivíduos que são dependentes de insulina.
Portanto, seja você diabético do tipo I ou II, procure não deixar de fazer exercícios, mas sempre com orientação e liberação médica, sua saúde vai agradecer.

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