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06/10/2014
Minha visão “está mudando” porque eu estou envelhecendo?

Para garantir a saúde dos olhos ao longo da vida, é recomendável que todos os adultos façam um exame de visão anual a partir dos 40 anos de idade. Os adultos com 65 anos ou mais podem exigir um acompanhamento oftalmológico mais frequente


Mais de 142 milhões de americanos já estão com 40 anos de idade ou mais, e é em torno dos 40 anos que muitas pessoas começam a notar mudanças em sua visão, que aumentam à medida que envelhecem.

Nos EUA, em 2030, prevê-se que mais de 90 milhões de pessoas terão 65 anos ou mais. Uma em cada seis terá problemas de visão que não poderão ser corrigidos com óculos ou lentes de contato. Para estes grupos etários, uma maior consciência dos sintomas oculares mais comuns na terceira idade pode ajudar a garantir uma intervenção mais rápida para evitar a perda da visão, defende a Academia Americana de Oftalmologia.






Em apoio a Healthy Aging, a Academia recomenda que todos os adultos devam saber que alterações na visão devem esperar e quando procurar tratamento para os sinais de uma doença ou condição que possa causar perda de visão irreversível. Para ajudar neste entendimento, a entidade está fornecendo informações para as alterações visuais mais comuns em adultos, que podem ocorrer à medida que envelhecemos:

A leitura de um cardápio no restaurante ou costurar tornou-se cada vez mais difícil: como o cristalino envelhece, tornando-se menos flexível, fica mais difícil ler de perto ou fazer trabalhos que exijam mais da visão de perto. “Esta condição é chamada de presbiopia, que vem do grego e significa ‘envelhecimento dos olhos’. Quase todos os adultos experimentarão algum grau de presbiopia, que começará a surgir por volta dos 40 anos. O tratamento mais comum é usar óculos de leitura, mas cirurgias oculares também podem ser indicadas”, afirma o oftalmologista Virgílio Centurion (CRM-SP 13.454), diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares;

Os olhos de repente começam a ficar muito secos ou a expelir lágrimas excessivamente: embora os sintomas aparentemente sejam opostos, ambos podem ser sinal de olho seco. “O olho seco é muito comum com a idade, especialmente em mulheres passando por mudanças hormonais que podem alterar a qualidade das lágrimas que o olho produz. Para a maioria das pessoas, o tratamento para o olho seco é tão simples quanto usar colírios lubrificantes. Se estes não forem efetivos, um oftalmologista pode prescrever outros medicamentos ou sugerir opções cirúrgicas”, afirma a oftalmologista Sandra Alice Falvo (CRM-SP 59.156), que também integra o corpo clínico do IMO;

Visão de moscas volantes ou flashes ocasionais de luz: as moscas volantes são realmente minúsculos aglomerados de células que flutuam no gel vítreo, o fluido gelatinoso claro dentro do olho. Os flashes de luz são causados pelo gel vítreo puxando a retina, o tecido sensível à luz que reveste a parte de trás do olho, enquanto se move. “As moscas volantes e os flashes se tornam mais comum com a idade, mas um súbito aumento pode ser um sinal de um problema de retina. Um oftalmologista deve ser visto imediatamente, pois a cirurgia é muitas vezes um tratamento necessário”, informa a oftalmologista Roberta Velletri (CRM-SP 113.044), que também integra o corpo clínico do IMO;

As cores são suaves, as luzes parecem ter halos: estes podem ser um sinal de catarata, uma turvação do cristalino que quase todo mundo desenvolve à medida que envelhece. “O tratamento da catarata é cirúrgico. A cirurgia de catarata é uma das cirurgias eletivas mais comuns realizadas no mundo e tem mostrado resultados efetivos para melhorar significativamente a visão e a qualidade de vida”, informa Centurion;

A visão central parece nebulosa, o que torna difícil reconhecer rostos: este é um sintoma comum de degeneração macular relacionada à idade (DMRI). Como os sintomas geralmente não são perceptíveis até a perda da visão já tenha ocorrido, exames oftalmológicos de rotina são essenciais para ajudar a diagnosticar a doença precocemente para evitar a perda da visão. “A DMRI tem duas formas: úmida e seca. O tratamento para a DMRI úmida geralmente inclui injeções de anti-VEGF, um tipo de droga que bloqueia o crescimento de vasos sanguíneos anormais sob a retina, que causam DMRI úmida. Neste momento, a DMRI seca não tem tratamento comprovado, mas a pesquisa mostrou que os suplementos dietéticos podem ajudar a retardar sua progressão”, diz o oftalmologista Juan Caballero, (CRM-SP 63.017), que também integra o corpo clínico do IMO;

Dificuldade para enxergar nos cruzamentos durante a condução: a deterioração da visão periférica pode ser um sinal de glaucoma, uma das principais causas de cegueira irreversível. A perda de visão é tão gradual que as pessoas afetadas pela doença, muitas vezes, desconhecem que tem a doença até que a sua visão já esteja comprometida. “Felizmente, a perda de visão devido ao glaucoma pode ser evitada com a detecção precoce e a intervenção médica. Por isso é importante consultar um oftalmologista regularmente, especialmente se a pessoa tem alguns fatores de risco, como enxaquecas, ascendência africana ou hispânica, diabetes ou pressão arterial baixa. O tratamento mais comum para o glaucoma é a medicação por colírios, mas a opção cirúrgica é indicada para alguns pacientes”, afirma a oftalmologista Márcia Lucia Marques (CRM-SP 110.583), especialista em glaucoma, que também integra o corpo clínico do IMO.

"A melhor forma de agir quando se deparar com os sintomas mencionados é precaver-se e consultar um oftalmologista. Muitos pacientes que esperaram muito tempo para consultar um oftalmologista, infelizmente, enfrentam a perda de visão parcial ou permanente. Para garantir a saúde dos olhos ao longo da vida, é recomendável que todos os adultos façam um exame de visão anual a partir dos 40 anos de idade. Os adultos com 65 anos ou mais podem exigir um acompanhamento oftalmológico mais rigoroso”, diz o oftalmologista Juan Caballero.




Veja mais sobre OLHOS E SAÚDE em:

Oftalmologia e Saúde com Dr. Claudio Lottenberg








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