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03/10/2014
Micoses de Unha: como prevenir e tratar?


É muito comum ouvirmos falar sobre casos de micoses e unhas encravadas, entretanto, mais comum do que imaginamos, são os casos de perda total da unha por infecção fungosa ou traumas e lesões. Nessas horas, as dúvidas de como agir em relação à unha que está prestes a cair são muitas. “A retirada total da unha deve acontecer quando ela fica pendurada por um ponto ou, então, a critério médico”, explica o enfermeiro da Membracel, Antônio Rangel.

Até pouco tempo, a micose de unha ou onicomicose era um tipo de micose de difícil cura, levando o paciente ao desânimo e ao abandono do tratamento. A explicação para isso é que, há dez anos, tratar uma micose de unha exigia muito tempo e muita persistência, e com poucas chances de cura.



Isso aumentou ainda mais a cura, já que há medicamentos orais eficazes, que são mais facilmente tolerados pelos pacientes. Os medicamentos antigos causavam problemas gastrointestinais, e o resultado não era satisfatório, o que levava o paciente a largar o tratamento.

As micoses são infecções causadas por dermatófitos, fungos que invadem apenas tecidos "mortos" da pele ou de seus anexos (estrato córneo, unhas e pelos). Os gêneros mais comuns são Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton.

Apenas alguns desses fungos causam inflamação, e o fungo pode persistir indefinidamente no organismo, causando lesões descamativas e de bordas discretamente elevadas, que crescem gradualmente. Em outros casos, pode ocorrer infecção aguda, caracterizada pelo aparecimento de vesículas ou bolhas nos pés ou de lesão inflamada e secretante no couro cabeludo, a qual se deve à reação imunológica intensa contra o fungo.

Como a diferenciação dos fungos envolvidos é difícil, as dermatofitoses são classificadas de acordo com a área atingida.

A doença é um problema antiestético, já que as mãos e os pés são o cartão de visita da pessoa, e aparência ruim pode dar impressão de desleixo. Além do aspecto visual, as unhas são a proteção dos dedos, por serem constituídas de uma proteína, chamada queratina. A sua função é tornar menos sensíveis as extremidades, regiões ricas em terminações nervosas. Se não fossem as unhas, os dedos seriam muitos frágeis, e a qualquer toque, poderiam doer.

As unhas quando acometidas tornam-se frágeis , perdem o brilho, e restos de materiais se acumulam sob a borda livre. Ocorre descolamento do leito ungueal e a unha pode ser destruída.

Pode-se pegar a micose em lugares contaminados ou por contato direto com pessoas que a tenham. Os lugares mais prováveis de contágio são: piscinas ou lavatórios de pés, vestiários, banheiros públicos e de hotéis, mato, praia e objetos não devidamente desinfetados de manicures e pedicuros.


Sintomas da micose de unha

Os exames micológicos podem confirmar o gênero do fungo, identificando a micose desde o início, ajudando a diminuir o tempo de tratamento. Os sintomas podem ser:

1. descolamento da unha no seu leito;

2. acúmulo de queratina que deixa a unha mais grossa, amarelada ou esbranquiçada;

3. escamas esbranquiçadas depositadas debaixo da unha, material de decomposição deixado pelos fungos;

4. estrias ou depressões que deformam as unhas.

O médico dermatologista além do exame micológico do local da lesão, para confirmar a presença de fungos em seguida, realiza um exame de cultura para determinar a espécie do fungo causador da micose.

Esses exames afastam a hipótese de outros problemas de unha, que podem ser confundidos com estes sintomas , evitam a automedicação, risco à saúde e gasto de dinheiro desnecessário.

Os medicamentos contra a micose podem ser orais ou de uso tópico, como esmaltes ou loções.

Em muitos casos o tratamento pode ser longo, e o paciente não deve desanimar, porque a cura da micose além de recuperar a aparência, evita que o problema não se torne crônico ou que se alastre para outras regiões do corpo. Nunca devemos esquecer também que as micoses podem ser a porta de entradas para outras infecções ou doenças mais graves.



Como tratar e prevenir a micose

• Fazer a higiene diária dos pés e das mãos;

• Após o banho, secar bem os pés antes de colocar os sapatos. Um secador de cabelos ajuda a eliminar a umidade debaixo das unhas;

• Evitar usar sapatos fechados diariamente ou que aumente a transpiração (especialmente no verão);

• Tênis, somente com meias de algodão;

• Limpar os sapatos por dentro com álcool;

• Não tentar retirar o material esbranquiçado debaixo da unha. Isso pode descolar e enfraquecer ainda mais a unha, fazendo com que os fungos penetrem mais;

• Usar chinelos em praia, piscina e banheiros públicos;

• Se a pessoa mexe muito com água, usar luvas e botas de borracha.


A dermoconsultora da farmácia online Netfarma dra. Flávia Martelli CRM-SP 83467, conta o que é mito e verdade nesse universo e dá dicas de como manter as unhas em dia sem grandes esforços:


Mitos

• Ao contrário do que muita gente acredita, os esmaltes escuros não escurecem nem fortalecem as unhas. “O que deixam as unhas amarelas são algumas substâncias, como solventes, presentes em determinadas marcas; é preciso ficar de olho e fazer uso moderado destes produtos”, alerta a especialista. E o que fortalece as unhas é a alimentação adequada. Deficiências nutricionais e também certos medicamentos de uso contínuo podem comprometer sua aparência. Vale conversar com o médico a respeito e sempre caprichar na alimentação balanceada.

• Cortar em vez de lixar garante o fortalecimento das unhas. “O modo utilizado para manter o comprimento das unhas não interfere no seu processo de fortalecimento visto pois só se corta a extensão das unhas, quando já passou da fase de crescimento.”


Verdades

• Unhas precisam de um tempo sem esmaltes e removedores para “respirar”. “Nossas unhas são constituídas por células mortas, então não há essa necessidade de “respiração”. No entanto o que pode ocorrer é o ressecamento de unhas e cutículas por conta da esmaltação frequente e, principalmente, o uso de removedores de esmalte. “Prefira removedores que não tenham acetona na composição, desta maneira a unhas não ficarão tão esbranquiçadas ou ressecadas. O uso de hidratantes específicos para mãos e unhas também é recomendado”, explica a dra. Flávia.

• É possível contrair doenças como hepatite e micoses fazendo as unhas. “Materiais mal esterilizados, como o alicate, e usados em várias pessoas, pode ser, sim, um caminho para a contaminação. Se possível, tenha seu próprio kit”, sugere a dra. Vale também verificar se o salão conta com auto claves que esterilizam os materiais de uso coletivo.

• O formato dos bicos dos sapatos e também das unhas ajudam a encravá-las com mais facilidade. “Para quem usa calçados fechados com frequência, o ideal que as unhas dos pés sejam cortadas em formato quadrado; já as das mãos o formato oval é o mais indicado por serem naturalmente mais frágeis”, a médica pontua. Sapatos de bicos finos ou com pouco espaço para a movimentação dos dedos costumam facilitar o encravamento das unhas do pés.


Dicas

Hoje em dia existe uma infinidade de produtos que facilitam a busca por unhas mais bonitas e saudáveis. “Uma boa loção hidratante para unhas usadas diariamente ajuda no combate ao ressecamento e deixa as unhas com aspecto mais saudável. Outra dica é usar lixas que ajudam a remover saliências sem danificá-las e dá brilho”, finaliza Dra. Flavia.


Se a prevenção não foi suficiente e você pegou uma micose não perca tempo. Procure ajuda profissional o quanto antes e realize um bom tratamento. As micoses, além de piorar com o tempo, podem abrir caminho para outras doenças, pois deixam a área infectada frágil e com baixa imunidade.




Veja mais sobre o assunto Dermatologia em:
1) Dermatologia e Saúde com Dra. Érica Monteiro





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