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23/09/2014
5 Dicas para Comer Melhor e/ou Emagrecer sem Riscos à Saúde!

Há quem acredite que o brasileiro prefere ficar mais em casa a praticar atividades físicas. E este não é um pensamento aleatório. O Conecta, plataforma online do Ibope, entrevistou 1.100 internautas de todas as regiões e classes sociais do Brasil no mês de agosto e revelou que 49,4% dos entrevistados responderam que não praticam exercícios ou que se movimentam menos de uma vez por semana. Além desta informação, também foi divulgado que o sedentarismo é ainda maior entre as mulheres: o índice chega a 40%.


Ao lado da prática da atividade física também estão os bons hábitos alimentares. Na mesma pesquisa, 88,7% dos entrevistados reconheceram que precisam mudá-los. Destes, 15% alegam que não tomam café da manhã, por exemplo. De acordo com o Ministério da Saúde, (clique aqui), uma pessoa deve fazer, por dia, pelo menos, três refeições (café da manhã, almoço e jantar) e dois lanches saudáveis; beber, no mínimo, dois 2 litros de água e dispor de trinta minutos para a prática de exercícios físicos. “Tudo começa pela alimentação. Quem come bem, se mostra mais disposto para realizar diversas atividades, sejam elas físicas ou profissionais. E esta não é apenas uma preocupação individual. Nos últimos anos, as empresas também têm buscado desenvolver uma série de ações com o objetivo de proporcionar o bem-estar entre os seus colaboradores, inclusive visando uma alimentação mais saudável”, informa o Diretor Corporativo do GymPass, Thiago Pessoa.

Na busca pelo corpo e pela saúde perfeita, muitos homens e mulheres dedicam boa parte de seus dias e semanas trancados em academias e clubes. Treinando à exaustão, alguns consideram a falta de exercícios físicos o principal problema para a insatisfação com o próprio corpo ou com a saúde. Entretanto, poucas pessoas dão o devido valor para a importância da alimentação adequada na busca pelo bem estar e pela qualidade de vida.


Você está com fome ou vontade?

O ato de comer nos seres humanos está, há muitos séculos, separado do simples fato de sentir o estômago roncando. Está ligado ao sistema básico de manutenção da vida, pois sem energia nosso corpo não funciona. “Existe uma rede de mecanismos, chamados de homeostáticos, responsáveis por manter o organismo em equilíbrio, que dispararam vários sinais ao cérebro alertando que precisamos de energia. Uma vez que este sinal periférico, geralmente um sinal hormonal, chega ao cérebro, ocorre uma elaboração de resposta no centro processador de informações cerebrais, o hipotálamo. E é a partir do hipotálamo que a ordem é dada: precisamos de comida”, explica a endocrinologista Andressa Heimbecher, especialista em Emagrecimento.



Segundo ela, o tecido adiposo (nossa reserva de energia) e vários outros sinais da periferia do corpo - como estômago e intestino - também são capazes de informar ao cérebro quando estamos alimentados. “É como se fosse o controle de combustível de um carro: quando estamos cheios, o cérebro é avisado e a ordem de parar de comer é enviada”, completa.

Vários hormônios são responsáveis pelo controle do que ingerimos. Dois deles têm tido importância nos estudos de controle do apetite: a grelina e a leptina (clique aqui para saber mais sobre estes hormônios)“Quando o nosso estômago está vazio, ocorre o aumento do hormônio ghrelina, que vai antecipar a vontade de comer”, explica a médica. “Quando nos alimentamos, o tecido adiposo libera leptina e o pâncreas produz insulina. Estes hormônios vão avisar ao cérebro que estamos saciados. O que se sabe é que os pacientes que estão acima do peso, na grande maioria das vezes, apresentam resistência à ação do hormônio leptina. Isto quer dizer que mesmo que seja produzida uma quantidade muito grande deste hormônio, ele não será reconhecido. É como se não est ivesse sendo produzido.”

Vontade - Mas nem sempre comemos porque sentimos fome. Muitas vezes, comemos porque sentimos vontade. “Este mecanismo, que tem sido amplamente estudado, envolve basicamente duas teorias: a primeira é a de que a pessoa come porque gosta de determinado alimento. A segunda é de que a pessoa come porque é recompensador. Esta última, é chamada de busca-recompensa.”, esclarece Andressa.

O problema acontece quando estes mecanismos de vontade causam o excesso de alimentação e, muitas vezes, o controle básico de “comer/parar de comer” é ineficaz em controlar a quantidade de energia ingerida. “Vivemos num ambiente obesogênico, ou seja, somos cercados de estímulos para comer comidas palatáveis, de alto teor de açúcar e gordura. Além disso, os estímulos para mantermos nosso corpo em repouso, desde controles remotos até vidros automáticos nos carros, levam ao menor gasto calórico. Como evoluímos de um ambiente inóspito na época das cavernas, em que a comida era escassa e correr dos predadores era essencial para a sobrevivência, nós desenvolvemos sistemas cerebrais e nos tornamos poupadores de energia. O problema é que nos dias atuais não precisamos mais caçar nosso alimento, o alimento vem diretamente até nós e devido à este mecanismo de estoque de energia, a obesidade acontece.”, pondera a endocrinologista.

Estudos têm demonstrado que os pacientes obesos atribuem valores inapropriados aos alimentos. Segundo Andressa, o sistema de recompensa de um paciente obeso somente é ativado depois do quinto pedaço de pizza, enquanto que, uma pessoa com o peso normal, a satisfação vem com o segundo ou terceiro pedaço. Além disso, enquanto nos magros as comidas com menos teor de gorduras já podem estar associadas à sensação de bem-estar, nos obesos o teor de gordura deverá ser bem maior para provocar a mesma sensação.

O grande questionamento é entender o que faz uma pessoa acima do peso ter esta distorção do sistema de recompensa? A encocrinologista responde: “Isso é tema ainda para muitos estudos. A decisão de comer envolve a genética, o ambiente, a disponibilidade, as emoções e, é claro, a fome. O papel dos hormônios e dos neurotransmissores nesse admirável mundo novo, que é o estudo do apetite, ainda está começando a ser descoberto.”

Para a médica Andréa Quidute Sampaio, especialista em nutrologia do Instituto Paulistano de Neurocirurgia e Cirurgia da Coluna Vertebral, a alimentação moderna está fazendo com que o ser humano, aos poucos, prejudique seu próprio corpo e sua saúde. “Quando as pessoas decidem emagrecer acabam fazendo da forma incorreta, cortando da alimentação itens indispensáveis para o equilíbrio do corpo. O mesmo acontece com quem deseja se alimentar melhor e, por conta própria, defini o ‘próprio cardápio’, que, muitas vezes, está inadequado para seu estilo de vida”.
A especialista revela cinco dicas para as pessoas obterem êxito na hora de planejar e colocar em prática o cardápio para uma alimentação melhor e mais equilibrada:

Consumo diário: o ideal é termos uma alimentação equilibrada, prevenindo deficiências nutricionais, melhorando o trabalho do sistema imunológico e protegendo o organismo contra doenças infecciosas. Podemos destacar o Licopeno (cenoura, mamão, manga, couve); Fibras (frutas, legumes, verduras, aveia; Flavonoide (suco natural de uva, morango, ameixa, repolho); Isoflavonas (soja – de preferência em grão); Ácidos graxos Omega 3 (peixes e óleo de peixe);



Reeducação alimentar: O nosso corpo para trabalhar de forma adequada, necessita de todos os macronutrientes (carboidratos, proteínas, gorduras) e micronutrientes (vitaminas e sais minerais). A reeducação alimentar tem a finalidade de aprendermos a comer de tudo sem exageros, de uma forma equilibrada, com alimentos que garantam uma boa nutrição, respeitando a individualidade de cada pessoa. Um alimento por si só não tem a capacidade de fazer emagrecer, mas aprendendo a se alimentar de forma adequada e respeitando os horários conseguimos atuar na redução e na própria manutenção do peso;

Mulheres e a celulite: esta alteração (que tira o sono de muitas mulheres) envolve fatores hormonais, vasculares, neuroendócrinos, erros alimentares e sedentarismo, levando a uma alteração do relevo cutâneo. Para ajudar a amenizar estas alterações, é aconselhável diminuir o consumo de sal, enlatados, alimentos em conserva, frituras, embutidos e alimentos industrializados, pois aumentam o acúmulo de toxinas. Dar preferência a consumo de frutas, alimentos integrais, verduras e legumes - crus ou cozidos ao vapor – e temperos naturais;

Dor de cabeça: Muitos fatores podem piorar este grande mal que afeta os brasileiros, entre eles: o uso de analgésicos em excesso, longos períodos de jejum, tabagismo, uso de contraceptivos orais, sono inadequado, estresse, falta da prática de exercícios físicos regulares e, principalmente, o componente alimentar, que é muito importante;

Cuide de seu corpo: Não se esquecer que a prática de exercícios físicos regulares e modificações do estilo de vida, como tabagismo, etilismo e sedentarismo evitam diversos problemas de saúde e contribuem – muito – para alcançar os resultados esperados.









Veja mais sobre QUALIDADE DE VIDA E NUTRIÇÃO em nossas colunas de:

1 ) Alimentos sem Segredos com Rosamaria Da Ré

2) Nutrição com Dra. Rosana Farah

3) Por Dentro dos Alimentos com Dra. Nicole Valente

4) Nutrição e Pediatria com Dr. Mauro Fisberg

5) Fitoterapia com Dra. Vanderli Marchiori











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