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26/06/2014
Emagrecer a "cabeça" é mais difícil do que o corpo!

O Brasil ganhou um título nada honroso nas últimas semanas: é o quinto país com o maior número de obesos em todo o mundo, segundo um estudo divulgado na revista científica Lancet no dia 28 de maio. A pesquisa foi feita pelo Instituto de Avaliação da Saúde da Universidade de Washington, que analisou dados sobre 188 países.

Você seguiu perfeitamente aquela dieta e ainda não está conseguindo entrar no vestido tamanho “P”? Já cortou as calorias em excesso e não perdeu quase nada? Então talvez esteja na hora de começar a reavaliar seus conceitos sobre regime, mudar a visão que tem da comida e pensar como magro (a). É claro que não adianta se olhar no espelho, enxergar a Gisele Bündchen e 5 minutos depois cair de boca numa caixa de bombom! O ideal é unir o fator psicológico a hábitos alimentares corretos, o que ajuda no processo do emagrecimento.

Emagrecimento, uma palavra que não sai da mente, receitas miraculosas são diariamente, divulgadas, esquecem que o primeiro passo é pensar no planejamento, compreender que para mudar é preciso realizar coisas diferentes. O primeiro país no ranking é os Estados Unidos --com 160 milhões de obesos--, seguido por China, Índia, Rússia e, finalmente, o Brasil. No mundo todo, há 2,1 bilhões de pessoas acima do peso, um salto em relação a 1980, quando o número chegava a 875 milhões. Segundo os pesquisadores, entre as razões desse aumento está o "sedentarismo em todos os níveis".

Toda mudança deve ser inserida no contexto de vida da pessoa, mudanças radicais promovem efeitos radicais, e é de suma importância identificar quais são os custos dessas mudanças, na maioria das vezes as pessoas desistem, acredito por não respeitarem a transição do corpo sedentário para o corpo ativo. No final das contas o que todos querem é estar bem, isso é muito subjetivo, para uns significa entrar na roupa desejada, para outros estarem mais forte para o trabalho, ou dormir melhor, ter disposição física, a questão em si é a saúde.

Duas pessoas sentadas à mesa no restaurante. A pessoa com peso adequado pede ao garçom uma salada. A outra acima do peso escolhe uma bela picanha com batatas fritas e arroz biro-biro (aquele arroz que leva bacon, ovo mexido e salsinha). Quem nunca viu esta cena? Uma das explicações é a tal “cabeça de gordo”. O mais importante é pensarmos em re-educação alimentar ao invés de investir em dietas malucas ou alguma que funcionou para uma pessoa. O que as pessoas precisam compreender é que dieta não é padrão, ela pode funcionar para alguém que perdeu 5 kg, mas não funcionar para alguém que quer perder 10, por exemplo.

Veja abaixo as “orientações para se ter uma cabeça de magro(a)” e assim, poder eliminar e manter os quilos perdidos!



Ame-se. Esse é o primeiro item para você viver em harmonia com sua silhueta. Portanto, cuide mais de si e invista na saúde e na beleza.

Tenha metas possíveis. Não fique tentando buscar as formas que dificilmente poderá ter. Atente aos limites da sua natureza, levando em conta o fator hereditariedade. Por exemplo, se você tem pais gordos, pode ser que não consiga ser uma magra esquelética.

Aprenda a se gostar. Olhe-se mais no espelho de corpo inteiro e corrija sua postura. Nada de andar curvada, com os ombros caídos e a barriga estufada.

Cabeça livre de preocupações. Estresse emocional dificulta a perda de peso, mesmo com baixa ingestão calórica. O nervosismo libera cortisol (substância como a cortisona), cuja ação é engordativa. Ficar com a cabeça fria é o primeiro passo para emagrecer.

Muita calma nessa hora. Durante as refeições, mastigue devagar para não prejudicar a digestão e se sentir saciada logo. Comer afobada, às vezes, significa comer mais, o que facilita o aumento de peso.

Não passe fome. Longos períodos sem se alimentar fazem com que o organismo entenda que é preciso se prevenir guardando um "estoque" na próxima refeição. Ele vai reter o máximo possível (em gordura) e gastar o mínimo. Assim, você ensina o seu corpo a ser econômico — e isso não é nada interessante para quem quer emagrecer.

Coma de maneira fracionada. Procure fazer seis pequenas refeições ao dia: café, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia. Quem corta o jantar, por exemplo, fica mais suscetível a comer besteiras durante a noite ou de madrugada. Manter o estômago ocupado com porções de baixas calorias é a saída para acelerar o metabolismo e evitar guloseimas fora de hora.

Mantenha as roupas numa só numeração. Procure não comprar roupas quando estiver acima de sua faixa ideal de peso. E se presenteie com uma peça nova sempre que atingir uma meta. Isso serve de estímulo para continuar firme e forte em seu objetivo.

Prefira algumas frutas. Coma pelo menos três porções por dia. Elas driblam a fome entre as principais refeições. Mas lembre-se de que também engordam, porque contêm açúcar e calorias. Portanto, não pense que ao restringir sua dieta ou consumir sem parcimônia esse tipo de alimento você estará livre de ganhar quilos extras.

Movimente-se Há um provérbio oriental que diz: "Em água corrente não pára mosquito". Daí deduzimos que devemos nos exercitar (vale dançar, correr, pular, caminhar...) para mobilizar sangue, músculos e articulações; beber água (pelo menos 2 litros por dia) para eliminar toxinas do organismo; e comer fibras para que o intestino funcione corretamente. A saúde é um alicerce para tudo o que fazemos, ela permite o pensar, o andar, o sorrir, o brincar, o preparo e a vitória. Pensar em saúde sem a presença de movimento é impossível, somos seres formados sobre o movimento, a inércia é perigosa, viciante e assassina, o sedentário tem 200% de chance de desenvolver doenças coronárias, comparado ao fisicamente ativo.

Não seja tão crítico. Preocupar-se com a aparência é saudável. Sentir-se bela faz bem à autoestima. Mas, em excesso, a preocupação com a imagem é indício de distúrbio psicológico. Moderação é a palavra de ordem.

Olho vivo na balança. Acostume-se a se pesar semanalmente. O peso é o referencial matemático do que você observa no espelho. Caso tenha engordado 2 kg, trate de se livrar deles nos próximos dias.

Dê preferência aos alimentos integrais Arroz integral, pão integral, macarrão integral, segundo o especialista, isso faz toda diferença pois estes são os carboidratos que fazem bem a saúde. Deixar a dieta mais colorida com o uso de legumes, verduras e frutas, isso torna tudo mais atrativo e saboroso. E se feito com frequência o uso de polivitamínicos não se torna necessário.



Siga em frente. Quando transgredir sua dieta algum dia, não pense que todo seu esforço foi por água abaixo. Se comer a mais numa refeição, compense ingerindo menos na próxima. Quer dizer, se consumir além da conta no jantar, passe a manhã do dia seguinte apenas à base de frutas.

Prefira iogurte. Substitua o leite de vaca pelo iogurte, natural ou light ¬ dependendo da sua dieta. Ele é mais facilmente digerido, regula a flora intestinal (essencial para o bom funcionamento do intestino) e melhora o sistema imunológico.

Mãos à obra. Pratique uma atividade física pelo menos três vezes por semana. Mas atenção: isso não quer dizer poder comer dobrado. As calorias queimadas em uma hora de exercícios, por mais extenuantes que sejam, são facilmente repostas à primeira ingestão alimentar. Além de deixar o corpo com tudo em cima, a malhação também libera no cérebro substâncias relacionadas ao bem-estar, o que leva a um modelo mais regrado de vida e até ao estímulo de seguir dietas.

Não desconte na comida. A compulsão por alimentos é um distúrbio cuja causa pode ser de natureza psicológica. É comum compensarmos carências pessoais e perdas afetivas com a ingestão desmedida. Comer demais pode ser apenas uma forma de preencher um vazio emocional.

Procure ajuda. Não queira bancar a mulher-maravilha: a compulsão alimentar é um comportamento que foge ao nosso controle. Todos temos "pontos cegos" na psique, ou seja, dificuldade de perceber, por nossa própria conta, o que está nos levando ao problema. A compulsão pode ser conseqüência de fraquezas e ansiedades, no entanto, somente um psicólogo é capaz de dar o diagnóstico certo e ajudá-la a se conhecer melhor.

Engane o estômago. Inicie o almoço ou o jantar com sopa ou salada de hortaliças para aumentar a sensação de saciedade antes das principais refeições que, em geral, são as mais calóricas.

Hora da diversão. Não abra mão de ter uma refeição livre na semana. Quando sair para comer fora, delicie-se com o couvert ou escolha sua bebida preferida. Mas faça tudo com moderação.


O papel da família A psicóloga Maria Aparecida das Neves, especialista em transtornos alimentares acredita que o melhor é apoiar e mostrar parceria na busca pela perda de peso e manutenção. A família deve fazer uma corrente em prol daquele que precisa emagrecer, aumentando a oferta de alimentos saudáveis e diminuindo o consumo de alimentos que possam prejudicar o resultado. “Pelo menos no início, o emagrecimento deve ter um objetivo comum, um esforço de grupo para alcançar resultados satisfatórios”, considera. Criar um ambiente propício, colaborativo e acolhedor é fundamental. Uma das formas de aumentar a adesão a esse novo estilo de vida é conscientizar sobre as necessidades orgânicas de uma boa alimentação. “A pessoa que está fazendo regime, seja criança ou adulta, precisa saber que deve consumir proteínas, fibras, vitaminas. Quando se tem essa consciência desde criança, ela passa a ser natural”, considera. Por isso, ela recomenda que os pais expliquem às crianças para quê serve cada alimento, qual sua função na dieta e que benefícios ele trará.

Dieta é para sempre, mas não pode se tornar uma obrigação chata e penosa. Independente de se tratar de crianças ou adultos, apoio da família, conscientização, informação e acompanhamento contínuo de um especialista são fundamentais para quem quer ter sucesso na empreitada.


Frequência de Obesidade








Saiba mais sobre ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO, nas colunas abaixo:

Alimentos sem Segredos com Rosamaria Da Ré

Nutrição com Dra. Rosana Farah

Por Dentro dos Alimentos com Dra. Nicole Valente

Nutrição e Pediatria com Dr. Mauro Fisberg

Endocrinologia e Saúde com Dr. Filippo Pedrinola

Fitoterapia com Dra. Vanderli Marchiori





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