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07/02/2014
Artrite reumatoide: o papel da ressonância no diagnóstico precoce


De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, em 2030 haverá 67 milhões de americanos com mais de 18 anos diagnosticados com algum tipo de artrite. A forma mais comum da doença é a osteoartrite, mas outras formas reumáticas comuns de artrite incluem gota, fibromialgia e artrite reumatoide. Esta última acomete entre 0,5% e 1% da população mundial adulta e é cerca de três vezes mais comum em mulheres – com picos de incidência por volta dos 50 anos. No Brasil, há estimativas de que a doença acomete 0,46% da população.

De origem desconhecida, a artrite reumatoide provavelmente é de causa multifatorial, decorrendo de uma combinação de predisposição genética disparada por um fator ambiental, acarretando em uma resposta autoimune contra os tecidos sinoviais, que recobrem tendões, articulações e bursas, com hiperplasia sinovial e formação de pannus (que consiste em um tecido inflamatório crônico sinovial), destruindo cartilagem e o osso subcondral.

Os sintomas iniciais geralmente comprometem os punhos e as mãos, num padrão simétrico e de distribuição proximal. Mas os pés e grandes articulações também podem ser acometidos pela doença que, tardiamente, pode atingir ainda outras estruturas e sistemas, como pulmões, sistema cardiovascular, pele e olhos.

As manifestações musculoesqueléticas são dominantes e as mais precoces na artrite reumatoide. Devido a essas peculiaridades, os exames de ressonância magnética são particularmente sensíveis no diagnóstico precoce da artrite reumatoide. Os achados incluem espessamento sinovial, formação de pannus, afilamento das cartilagens, cistos e erosões subcondrais, edema ósseo periarticular e derrame articular.

Os sintomas incluem: dores generalizadas, cansaço, indisposição, rigidez matinal; aumento de partes moles, inchaço das articulações das mãos e punhos, geralmente simétricos; nódulos reumatoides (localizados debaixo da pele, principalmente em áreas de apoio). Tais sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças, sendo sempre importante que o paciente procure um reumatologista para conduzir ao diagnóstico e tratamento corretos.

Nesse contexto, a ressonância magnética das extremidades torna-se um aliado importante na avaliação das pequenas articulações que costumam ser comprometidas pela artrite reumatoide. O exame é realizado com maior conforto numa cadeira reclinável, inserindo-se apenas a área anatômica de interesse no equipamento. Além de simplificar e agilizar o exame, o paciente sente-se mais tranquilo ao saber que não precisará ficar deitado em um espaço restrito – o que é particularmente importante em casos de claustrofobia. Outra vantagem é que o paciente infantil ou idoso pode ser acompanhado por um familiar o tempo todo. O equipamento de ressonância magnética das extremidades é de alto campo (1,5 tesla) e conta com um sistema sofisticado que não utiliza radiação ionizante, possibilitando diagnóstico avançado das articulações das extremidades do corpo de forma eficiente. É, portanto, ideal para diagnosticar artrite reumatoide.




Sete dicas para perder o medo da ressonância magnética,/b>


Pânico, desconforto e falta de ar são algumas das sensações mais mencionadas por quem precisa passar por um exame de ressonância magnética. Isso porque o diâmetro do equipamento é muito estreito, o que causa aos pacientes a impressão de estar enclausurado e sujeito a inúmeros ruídos.

Entre os exames de diagnóstico por imagem, a ressonância magnética desponta como uma das tecnologias mais avançadas. Porém, ao mesmo tempo, ela é cercada de mitos relacionados a episódios de ansiedade e até mesmo de crises de pânico e claustrofobia. Segundo Dr. Abdalla Skaf, responsável pelo setor de ressonância magnética do laboratório Alta Excelência Diagnóstica, cerca de 30% das pessoas que realizam o procedimento apresentam ansiedade e menos de 5% possuem sensação de pânico ou claustrofobia.

Atualmente, já há recursos para minimizar este sofrimento, como por exemplo um sistema de entretenimento de alta tecnologia, denominado Cinema Vision. Trata-se de um par de óculos especial com fones de ouvido que reproduz filmes, musicais e desenhos animados, dando a impressão de estar em um cinema de verdade. O sistema é bem leve, com áudio e vídeo integrados, e opera sem interferência dentro do equipamento de ressonância magnética. Existe ainda a opção de ver e falar com o médico e o biomédico de imagem, caso o paciente sinta necessidade – o que não ocorre nos exames convencionais. “Este dispositivo faz com que praticamente 100% das pessoas consigam realizar a ressonância sem qualquer trauma, inclusive crianças”, afirma Dr. Abdalla.

O especialista listou sete dicas para perder o medo deste procedimento tão moderno e necessário.

1. Desvendando o exame: tire suas dúvidas
Uma boa conversa entre paciente e médico ajuda a esclarecer como será o procedimento e toda a segurança oferecida pelo equipamento, bem como seus benefícios. Isso pode reduzir a ansiedade e o temor.


2. Você não estará sozinho!
Durante todo o exame o paciente será acompanhado pela equipe da clínica, que inclui médico, enfermeiros e biomédicos de radiologia, sendo observado a cada instante. Saber que você não estará sozinho também ajuda a enfrentar o nervosismo. Na imensa maioria dos casos, é possível também que o acompanhante do paciente permaneça junto na sala de exame.


3. O ambiente tranquilizador

Estar em um ambiente calmo, acolhedor e humanizado ajuda a tranquilizar no momento de fazer uma ressonância magnética. Por exemplo, um sistema de entretenimento ajuda a criar esta atmosfera calma para o procedimento.


4. Peça ajuda ao técnico para encontrar uma posição confortável

Existem posições que auxiliam o paciente que possui pânico ou claustrofobia a se sentir mais confortável durante o exame, uma delas é com o queixo apoiado por um travesseiro. Nessa posição, o paciente é capaz de visualizar a abertura do aparelho, o que ajuda a aliviar o sentimento de “estar trancado”.


5. Entrada do corpo no equipamento

Outra forma de reduzir a ansiedade é colocar primeiro os pés do paciente em vez da cabeça no aparelho de ressonância. Isso é possível para o exame de algumas regiões do corpo, como os tornozelos, joelhos, quadris, pelve e abdome, entre outros. Espelhos montados ou vidros espelhados ou prismáticos no equipamento permitem que o paciente veja do lado de fora.


6. Ressonância de campo aberto pode ser uma opção

Existem alguns tipos de exames que podem ser realizados em aparelhos de ressonância de campo aberto, em que as laterais do aparelho também são abertas. Porém esses aparelhos não podem ser utilizados em qualquer indicação, devido à menor potência do campo magnético e consequentemente as imagens tendem a ser de menor resolução. Nesses casos, o ideal é conversar com um médico radiologista para ajudar a orientar na escolha do aparelho em função da indicação. Atualmente existem equipamentos chamados “semiabertos”, que possuem um tubo mais largo (70cm) e mais curto, que diminui substancialmente a ansiedade e claustrofobia, além de realizarem exames mais rápidos e com excelente resolução do que aparelhos abertos, e sem restrição quanto a indicações.


7. Checar a necessidade de sedação

Em alguns casos os pacientes têm de ser sedados para realizar o exame. Isso só acontece em casos de claustrofobia extrema, ou então nos exames de bebês, sendo uma possibilidade que torna o exame mais tranquilo, e sob os cuidados de um médico anestesista durante todo o tempo. No entanto, essa opção deve ser muito bem avaliada em conjunto com o médico que solicita o exame de ressonância magnética.


Por: Edson Sato





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