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06/08/2013
Comer no trabalho ou ir para um fast food?

A mania de comer rápido, fácil e gostoso, proveniente dos costumes americanos, faz atualmente parte do cotidiano de muitos no Brasil.



A rotina de muitos brasileiros que trabalham fora de casa está cada vez mais corrida e, seja para economizar tempo ou mesmo poder cumprir o horário de trabalho, sem ter de fazer hora-extra, muitos optam por fazer suas refeições no seu ambiente de trabalho – alguns, até, na própria mesa. Isso é o que mostra o resultado de uma pesquisa feita pelo Restaurante Web, site de delivery de comida online do Brasil.

Realizada entre os meses de março e abril deste ano, a pesquisa mostra que 42% dos brasileiros fazem suas refeições todos os dias no local de trabalho e 30% afirmam fazê-lo normalmente de duas a quatro vezes na semana. Na hora de comer no escritório, a fruta é a opção mais pedida, com 28%, seguida do delivery, com 24%.

Apesar do hábito ter como principal motivador a economia de tempo, 69% dizem que esta é a razão, 57% fazem as refeições dentro do escritório em grupos. Porém, ainda não são todas as empresas que estão preparadas para este cenário. Dos entrevistados, apenas 5% conhecem as regras da sua empresa com relação a este tema e 30% das pessoas afirmam fazer as refeições na própria mesa de trabalho – o que incomoda a maioria dos entrevistados que reclamam, especialmente, do cheiro da comida. A limpeza também é destaque entre os entrevistados.

Para quem não quer gastar tempo, mas também não quer comer no trabalho, muitos optam pelos faz foods. Com inúmeras opções como hambúrgueres, batatas assadas e recheadas, massas e pizzas, os fast foods, apesar de serem uma opção rápida e gostosa, pode constituir excesso de gordura na alimentação, e predispor as pessoas à erros alimentares e até à obesidade. Só os adultos que fazem dieta ou que passam por restrições, sabem como é ruim tirar (ou no mínimo diminuir ao máximo) da dieta as coisas deliciosas porém engordativas. Portanto saiba como fazer para se reeducar para que eles não sofram no futuro. Para que estes males sejam evitados, aí vão algumas dicas tornando mania mais saudável e não menos divertida.


Como minimizar os “problemas” de algumas opções de fast foods?

BATATAS ASSADAS E RECHEADAS
Foi a tradição inglesa que trouxe ao Brasil as batatas assadas e recheadas, no começo da década de 80. Ricas em carboidratos, vitaminas do complexo B e vitamina C, as batatas podem ter seu valor nutricional enriquecido pelos recheios e, eventualmente, substituir uma refeição. Mais uma vez, o excesso de gordura deve ser evitado. Desta forma, os melhores recheios são os de frango, brócolis e vegetais em geral, bem como queijos, atum, entre outros. Essas refeições devem sempre vir acompanhadas por um suco de frutas para melhorar o teor de vitaminas, e a casca, que na maioria das vezes é dispensada deve ser consumida, pois fornece fibras e vitamina C.

OS HAMBÚRGUERES
Do ponto de vista nutricional, o sanduíche de hambúrguer apresenta os três grupos de nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo. O pão, rico em carboidratos, fornece energia para as funções em geral, porém se der para ser o integral, você melhora a qualidade nutricional dele, a carne contém proteína, nutriente essencial para formação e reparação de todos os tecidos do corpo, e fundamental para o crescimento e o alface e tomate, apesar de estarem em pequena quantidade, contêm as vitaminas, minerais e fibras, responsáveis pelo controle das reações do corpo.

No entanto, o grande inconveniente do hambúrguer é o excesso de gordura em sua composição. Muitas vezes dispensar a maionese pode ser uma boa saída para não desequilibrar nutricionalmente o sanduíche. Para completar as vitaminas e minerais, o ideal é que seja consumido também um suco natural.


AS SOBREMESAS

É difícil resistir a tentações como: sorvetes, tortas, mousses, bolos.

Os sorvetes feitos à base de iogurte (os frozens), apresentam valor nutricional interessante: mais proteína e menos gordura, além de apresentarem maior quantidade de cálcio.

Nas docerias são encontrados os deliciosos bolos e mousses. Esses, por sua vez, apresentam grandes quantidades de açúcar e gordura, e devem ser consumidos esporadicamente. Os doces dietéticos não devem ser consumidos por crianças, a não ser que sejam diabéticas.


E como lidar com este assunto com as crianças?

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a obesidade em crianças e adolescentes é um dos maiores problemas de saúde pública no mundo, especialmente no Ocidente.

Em 2010, havia 42 milhões de crianças com sobrepeso em todo o mundo, das quais 35 milhões viviam em países em desenvolvimento, entre eles o Brasil.

Dr. Alexander Gomes de Azevedo – especialista em Nutrologia que ocupa desde 2008 o cargo de diretor técnico internacional na Academia Latino-Americana de Nutrologia – ALAN diz que “entre crianças e adolescentes, a obesidade cresceu 239% no Brasil nas últimas décadas. Isso porque nossa dieta atual prioriza o consumo de alimentos industrializados, fast foods, doces, chocolates, refrigerantes, muito sal e outros alimentos pobres em nutrientes e ricos em calorias. Por causa desse tipo de alimentação, nossas crianças ficam cada vez mais doentes e obesas, como também apresentam uma diminuição no desenvolvimento intelectual que poderá afetá-las para o resto da vida”. Várias pesquisas nacionais e internacionais revelaram que uma alimentação rica ou suplementada com ômega-3, vitaminas e minerais pode ajudar crianças a emagrecer e a melhorar o comportamento, a concentração, o aprendizado e a memória.

A novela Global, Amor à Vida trouxe à tona um tema que é muito comum, porém pouco difundido e abordado entre famílias brasileiras, a má alimentação dos filhos. Na trama, o pai e familiares cuidam da Paulinha e fazem todos seus gostos alimentares baseados quase sempre em doces, fast-foods e guloseimas. Essa atitude desenfreada acarreta um problema no fígado da pequena, que foi submetida à um transplante de fígado.


Foto: Petit Gulalá (wrap saudável)



Acostumadas com o ambiente escolar onde normalmente as crianças se alimentam de lanches e salgadinhos, elas dificilmente querem almoçar algo saudável. Cabe então essa difícil tarefa para os pais ou responsáveis que se desdobram para achar alternativas que as convençam.Como fazer com que as crianças se alimentem bem e de forma correta?

De acordo com Adriana Garcia Pellogia de Castro, nutricionista e docente do curso de Nutrição do Centro Universitário São Camilo - SP há sim maneiras de preparo e disposição dos alimentos para que fiquem mais interessantes e despertem o apetite das crianças.

"A mudança de hábito é possível, porém é preciso persistência e determinação”, diz Adriana. Veja as dicas que ela dá:

1) O primeiro passo é fazer das refeições momentos agradáveis;

2) No caso das crianças, comece na escolha dos alimentos. Procure alimentos coloridos com os quais você possa brincar na hora de preparar a refeição. Corte os alimentos e disponha de forma com que se torne agradável à visão e ao paladar. Brinque com as cores e formas, fazendo carinhas ou até mesmo personagens infantis. Isso fará com que desperte a curiosidade e vontade de provar o alimento;

3) Ensine a comer devagar, mastigando bem e sentindo o sabor. Evite adicionar sal aos alimentos preparados e cozinhe com pouco sal, pois ele eleva as chances de uma futura hipertensão, doença que mata muitos brasileiros. Uma dica é retirar o saleiro da mesa;

4) Prefira as preparações cozidas, assadas, grelhadas ou ensopadas;

5) Coma mais frutas e verduras;

6) Procure iniciar as refeições pela salada, sempre mastigando bem e abuse das frutas no intervalo das refeições;

7) Use em pequenas quantidades, óleo de soja, milho, girassol, canola, azeite ou qualquer outro óleo de origem vegetal.


Se não tiver outro jeito, o jeito de tornar o Fast Food “menos pior,” a dica é não exagerar. Não fazer deles um hábito!





Saiba mais sobre ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO, nas colunas abaixo:

Nutrição com Dra. Rosana Farah

Por Dentro dos Alimentos com Dra. Nicole Valente

Nutrição e Pediatria com Dr. Mauro Fisberg

Endocrinologia e Saúde com Dr. Filippo Pedrinola

Fitoterapia com Dra. Vanderli Marchiori





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