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13/06/2013
IMC x Bioimpedância x Dobras Cutâneas

Teste de IMC tem problemas, mas métodos de Bioimpedância e Dobras Cutâneas também apresentam limitações

Hoje, para aferir o percentual de gordura do corpo, alguns dos profissionais ligados à estética corporal e endocrinologistas se utilizam, de maneira geral, da técnica conhecida – mais simples de se fazer que é o IMC – Índice de Massa Corporal. Porém existem outros métodos que citaremos e explicaremos logo abaixo.


Como faço para saber quanto realmente emagreci ?
Para ter essa informação é necessário realizar uma análise da composição corporal na qual seu corpo será dividido em dois compartimentos - massa gorda, que é todo tecido constituído de gordura, e massa magra, que é o que sobrou, envolvendo principalmente músculos, ossos, sangue, órgãos e vísceras. Essa análise pode ser feita por nutricionistas, endocrinologistas ou professores de educação física. Entre os métodos mais comuns e acessíveis podemos citar a técnica de dobras cutâneas, bioimpedância elétrica e densitometria.


Porém, há controvérsias com relação ao índice obtido pelo IMC, que pode subestimar a gordura corporal e não diferenciá-la da massa muscular. Entre os métodos para medir a gordura corporal está a Bioimpedância, que consegue diferenciar o que é água, músculo e gordura do corpo. Ambos são métodos de medição duplamente indiretos. Veja logo abaixo os métodos de medição existentes:


1. Direto: separação e pesagem de cada um dos componentes
- Dissecação de cadáveres


2. Indiretos: não há manipulação separadamente
- Físico-químicos: pletismografia, absorção de gases, diluição isotópica, espectometria de raios gama, espectrometria, ativação de nêurons e excreção de creatina.

- Imagem: radiologia, ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética.

- Densitometria: DXA, pesagem hidrostática



3. Duplamente Indiretos: validados a partir de um método indireto
- Antropometria: índices de obesidade, somatotipos, “Phanton”, equações, dobras cutâneas,
índice cintura-quadril (ICQ), perímetro abdominal, IMC e a bioimpedância


Excluindo-se o método direto, que é a dissecação de cadáveres, todos os métodos possuem erros, mas que são aceitáveis pela literatura, conforme mostra figura abaixo. Este erro deveria variar em torno de 2% do método direto para o duplamente indireto:


Imagem: Por Profa. Priscilla de F. de Arruda Camargo – Profa de Ed. Física e Consultora de Qualidade de Vida


Na maior parte das academias existe a Avaliação Física. Nela, normalmente são feitos diversos exames, e, entre eles as medidas corporais, a antropometria. Inserida na antropometria, uma outra forma, além da bioimpedância, de se avaliar a composição corporal é a medição das dobras cutâneas. Ambos são métodos duplamente indiretos.



Índice de Massa Corporal (IMC)


O cáculo do IMC é um parâmetro que leva em consideração apenas peso e estatura. A Organização Mundial de Saúde adota uma tabela detalhada de acordo com o cáculdo padronizado, porém a OMS alerta para dois pontos no resultado do IMC:

(1) para idosos de 22,0 a 27,0 ainda é considerado normal.
(2) IMC não é indicado para atletas (*)


Pessoas com grande massa muscular (*como os atletas, por exemplo) são desfavorecidas por este cálculo, e os "falsos magros" são analisados erroneamente, pois muitas vezes, possuem um percentual de gordura acima do normal, mesmo com um cálculo de IMC dentro da normalidade. Este é um problema deste método, porém eletem fácil aplicação, tabelas padronizadas e necesitam apenas da pessoa conhecer a formula, o peso a estatura e aplicá-la!

Quer saber o seu valor de IMC, clique aqui



Dobras Cutâneas

Veja abaixo a ilustração de algumas dobras cutâneas, mas sabemos que existe na literatura 93 variações. Estas são as mais comuns utilizadas:


Imagem: Por Profa. Priscilla de F. de Arruda Camargo – Profa de Ed. Física e Consultora de Qualidade de Vida


Dobras Cutâneas X Bioimpedância

Comparando-se os métodos Dobras Cutâneas (antropométrico) e Bioimpedância, podemos citar alguns pontos de análise, conforme figura abaixo. O fator humano, o avaliador (quem mede) é um ponto a ser analisado. Veja sua participação:


Imagem: Por Profa. Priscilla de F. de Arruda Camargo – Profa de Ed. Física e Consultora de Qualidade de Vida



Bioimpedância

Na visão do fisiologista Givanildo Matias Holanda, diretor da Test Trainer, a bioimpedância também tem os seus prós e contras. “Eletrodos são ligados na sua mão e nos seus pés e transmitem uma corrente elétrica (sem causar dano algum). A partir da análise desta corrente elétrica, chega-se algumas conclusões” explica Profa. Priscilla de F. de Arruda Camargo, Consultora em Qualidade de Vida e Profa. de Ed. Física.


Veja abaixo na figura:


Por Profa. Priscilla de F. de Arruda Camargo – Consultora de Qualidade de Vida


Priscilla de F. de Arruda Camargo também explica que, como outros métodos, a bioimpedância requer uma preparação prévia e que, se não for feita, invalida os dados. “O método de bioimpedância requer procedimentos prévios para a sua realização, o que o torna mais limitado. Muitas vezes, as informações coletadas estão equivocadas porque as pessoas não seguem estes procedimentos“, ratifica o fisiologista Givanildo

Quais os procedimentos indispensáveis para a realização da bioimpedância?

1. Não utilizar medicamentos diuréticos nos 7 dias que antecedem o teste;
2. Manter-se em jejum pelo menos nas 4 horas que antecedem o teste;
3. Não ingerir bebidas alcoólicas nas 48 horas anteriores ao teste;
4. Não realizar atividades físicas extenuantes nas 24 horas anteriores ao teste;
5. Urinar pelo menos 30 minutos antes do teste;
6. Permanecer, pelo menos, 5 a 10 minutos deitado em decúbito dorsal, em total repouso antes da execução do teste.


CONTRA-INDICAÇÃO ABSOLUTA para a Bioimpedância: MARCAPASSO

O teste só será valido se e somente se: o valor de água for de 69 a 73,5%


Por exemplo, para vocês verem a diferenças apresentadas, em recente estudo feito pelo Programa Prato Saudável, um teste de bioimpedância verificou que 58% dos paulistanos apresentam riscos de doenças ligadas à gordura, enquanto que o IMC acusou 35%.

Podemos concluir então, que para se utilizar de maneira geral e “não científica”, os métodos conseguem atender a população, mas o método ideal será aquele que você tiver pessoas treinadas/aptos e equipamentos adequados para realizá-los. Escolha o seu e mãos à obra!




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2) Em forma com Pilates com Profa. Danielle Rotondo

3) Dicas de Atividade Física, com José Carlos Altieri

4) Corrida, com Emerson Vilela

5) Qualidade de Vida, com Profa. Priscilla de Arruda Camargo

6) Cuide da Saúde com Exercícios, com Prof. Dr. Marco Uchida

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