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07/11/2012
Remédio para Alzheimer e consumismo?

Alzheimer e Hábitos Saudáveis

Os fatores de risco para doenças cardíacas, como pressão alta e colesterol elevado, também podem contribuir para o desenvolvimento do mal de Alzheimer.



Embora sejam necessárias mais pesquisas -- especialmente estudos sobre prevenção -, estão observando as mais fortes evidências de que há uma associação entre o envelhecimento saudável e a redução da probabilidade de desenvolver Alzheimer.



A doença de Alzheimer ocorre quando proteínas normais assumem uma forma incomum e passam a constituir placas no cérebro chamadas de depósitos amiloides. O distúrbio afeta cerca de 10 por cento da população com mais de 65 anos. Em declaração divulgada antes do encontro, o pesquisador norte-americano deu destaque aos estudos que mostrarão que o controle dos fatores associados ao estilo de vida pode contribuir para evitar ou postergar o surgimento do Alzheimer.



Essas pesquisas são fortes evidências de que conhecer e administrar os índices pessoais -- pressão sanguínea, colesterol, nível de glicose e peso corporal -- contribui para o envelhecimento mais saudável e pode reduzir o risco de Alzheimer. Os trabalhos que avaliam o papel da prática de exercícios físicos como auxiliar do controle da pressão sanguínea, do colesterol, do nível de glicose e do peso corporal, são impressionantes.





Qual a relação entre a Memantina e o Consumismo?



A memantina é uma substância utilizada para tratar pessoas com Alzheimer, a principal doença neurodegenerativa em nosso meio. A indicação da memantina na doença de Alzheimer é para o controle das funções cognitivas, ou seja, na memória, atenção, linguagem, cálculo, etc. No entanto, pesquisadores nos Estados Unidos defendem que ela também pode combater o consumismo. Segundo os estudos, após ingerirem o remédio, as pessoas reduziram as compras pela metade.



Dr. André Felicio (CRM 109.665), neurologista, doutor em ciências pela UNIFESP, membro da Academia Brasileira de Neurologia e clinical fellow da University of British Columbia no Canadá explica que “a memantina atua em receptores no cérebro humano, inibindo ou dificultando a ação de uma substância (neurotransmissor) conhecida por glutamato. E o que é o glutamato? É um neurotransmissor que estimula outras células no cérebro (neurônios) e parece estar relacionado, junto com outras substâncias como a dopamina e opioides, com o que chamamos de "patologia de controle do impulso". Dentre estas patologias de controle do impulso destacam-se, por exemplo, a compulsão por compras.”



No cérebro humano, além deste papel relacionado ao comportamento impulsivo, o glutamato tem atuação sobre os neurônios relacionados à nossa memória e outras funções superiores. Como um dos mecanismos de morte celular talvez esteja relacionado ao excesso de glutamato na célula, bloquear o receptor celular do glutamato (papel da memantina) parece auxiliar no tratamento de doenças neurodegenerativas, em particular, o Alzheimer.



No caso dos compradores compulsivos, problema tratado, em geral, pelos psiquiatras, a memantina agiria também bloqueando o glutamato, mas em outras regiões do cérebro, possivelmente implicadas na patologia do controle de impulsos. Entretanto, ainda não há comprovação científica para o uso desta medicação em patologias do controle do impulso, mas existem estudos preliminares que poderão confirmar esta relação e, eventualmente, sua indicação poderá constar em bula.

Veja mais sobre o assunto em nossa Coluna de Neurologia e Saúde com Prof. Dr. Paulo Caramelli





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