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20/07/2012 Suor, muito além da transpiração!  Basta as coisas esquentarem um pouquinho para ele aparecer: o suor. Transpirar é fundamental para o bom funcionamento do nosso organismo por vários motivos. Dessa forma, eliminamos toxinas, hidratamos a pele e mantemos a temperatura interna do corpo estável (em torno dos 36ºC), para não prejudicar o metabolismo e outras funções orgânicas. Quando o suor liberado pelas glândulas sudoríparas na superfície da pele evapora, resfria o corpo.Mas não é nem um pouco agradável exibir roupas manchadas e aquele visual melado nos dias mais quentes do verão. Por isso, entenda o que causa o excesso de transpiração, veja os produtos e dicas para controlar o suor e quando é preciso procurar o médico. Quando as coisas esquentam, as glândulas sudoríparas entram em ação. Existem entre 2 e 5 milhões delas espalhadas pelo corpo. As écrinas (90%) não produzem nenhum tipo de odor. As 10% restantes, localizadas nas axilas, genitais e pés, são as apócrinas. Essas sim podem gerar cheiro desagradável. Isso acontece porque, junto com a água, sua secreção carrega proteínas, lipídios e açúcares, alimento para as bactérias naturais da superfície da pele. O que aumenta o suor? Atividade física intensa: exercícios ativam a circulação, que aquece o corpo. Alterações hormonais ou infecções podem acelerar o metabolismo ou causar febre. Corpo quente, sua. Obesos sofrem mais por três motivos: além da gordura reter o calor corporal, a camada adiposa espreme as glândulas sudoríparas, que produzem mais suor. Além disso, os obesos gastam mais energia para consumir toda a comida ingerida. Bebidas alcoólicas: o álcool dilata os vasos, aumenta a circulação e gera mais calor. Para piorar a história, ele altera o odor do suor -- e engorda! Sentimentos como medo, excitação e angústia também aumentam o suadouro. Isso acontece porque há uma ligação direta entre as glândulas sudoríparas e o sistema nervoso central. A tensão, por exemplo, libera substâncias como adrenalina e cortisol, que ativam a produção de suor. O produto certo para manter a situação sob controle A ação de um bom desodorante dura, em média, 5 horas. Essa é a opção perfeita para quem sua pouco e toma vários banhos por dia. Os desodorantes possuem substâncias (como bicarbonato de sódio) que controlam a proliferação das bactérias causadoras do mau cheiro. Os antiperspirantes oferecem maior tempo de proteção contra os odores do suor. Alguns batem a marca das 24 horas. Boa escolha para quem tem transpiração ativa, pratica esportes, vai sair para dançar ou enfrenta situações de stress. Eles controlam a saída de suor pelas glândulas sudoríparas, fazendo você suar menos. Prefira fórmulas não comedogênicas (que não obstruem os poros) e faça esfoliações regulares nas axilas, para evitar a formação de bolinhas. Escolha o tipo de aplicador e textura: spray (o álcool de sua formulação é refrescante mas pode causar irritação), aerosol (jato que seca rapidamente), roll-on (ideal para peles sensíveis), stick (efeito seco), creme (indicado para peles secas). Considere o tipo da sua pele: produtos sem perfume são ideais para as mais sensíveis. Quem tem pele oleosa deve tomar cuidado com perfumes fortes e preferir aplicadores secos, tipo aerossol. É importante sempre passar o produto sobre as axilas limpas. Se for reaplicar durante o dia, lave-as. Assim elimina o excesso de bactérias e prolonga o efeito do desodorante. Esfolie as axilas pelo menos uma vez por mês, principalmente se você usa antiperspirantes. Assim, estará evitando que apareçam bolinhas na região. Sais de alumínio dos antiperspirantes podem deixar resíduos brancos na roupa. Se isso acontecer, basta passar um pano úmido no tecido, imediatamente. Vale também lembrar: não use blusa, sutiãs ou meias suadas e prefira roupas de tecidos de algodão ou os novos sintéticos que não impedem o corpo de respirar. Quando o corpo molhado é motivo para procurar o médico A transpiração excessiva (ou hiper-hidrose) atinge 1% da população brasileira. Apesar de não ser doença, causa grandes constrangimentos. Afinal, nada mais chato que passar o dia com a roupa manchada embaixo dos braços ou ter um aperto de mão molhado. A hiper-hidrose é uma disfunção que pode ocorrer no corpo inteiro ou se concentrar na palma das mãos, planta dos pés, axilas e testa. Não há uma causa conhecida para que isso aconteça. Mas sabe-se que a maior parte das pessoas com o problema apresenta uma tendência genética. As nervosas também sofrem mais. Alteração de cor ou cheiro do suor também são motivos para procurar um dermatologista. Tratamentos disponíveis Adote antiperspirantes com derivados de alumínio. Eles diminuem a saída de suor das glândulas. Não têm efeito muito potente. Por isso, são indicados para casos leves. O botox (substância que impede a contração muscular) pode ser usado também para controlar o suor. Algumas picadas bloqueiam as transmissões nervosas no local e reduzem a atividade das glândulas sudoríparas. É rápido, caro e o efeito dura cerca de três meses. Existe uma técnica de cirurgia plástica axilar que remove, com a pele, algumas glândulas sudoríparas. Finalmente, foi desenvolvido um aparelho que transmite uma corrente elétrica capaz de modificar o funcionamento da glândula. A técnica se chama iontoforese. É mais barata. Porém, o paciente terá que usar o aparelho diariamente. Caso contrário, os efeitos desaparecem. Veja nossas AULAS Veja mais sobre o assunto em nossas colunas de: Dicas de Atividade Física com José Carlos Altieri Qualidade de Vida com Priscilla de Arruda Camargo Cuide da Saúde com Exercícios, com Prof. Dr. Marco Uchida Endocrinologia e Saúde com Dr. Filippo Pedrinola Corrida, com Emerson Vilela 
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